Cuidados paliativos oncológicos ou cuidados ao fim de vida? O desafio de uma equipe multiprofissional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2020v6n3p25-37

Palavras-chave:

Cuidados Paliativos. Equipe de Assistência ao Paciente. Educação Continuada. Acolhimento. Assistência Terminal

Resumo

Objetivo: Analisar os desafios que uma equipe multiprofissional enfrenta ao acolher pacientes encaminhados tardiamente à unidade de Cuidados Paliativos Oncológicos. Método: Pesquisa com abordagem qualitativa, realizada entre julho de 2018 e maio de 2019, através de entrevistas semiestruturadas e observação participante. Os dados foram processados segundo a hermenêutica dialética de Minayo. Resultados: A análise deu-­se pela identificação das unidades temáticas. Os resultados foram dispostos descritivamente e agrupados em duas categorias: 1) desafios do acolhimento em uma unidade hospitalar especializada em Cuidados Paliativos Oncológicos e 2) acolhimento na complexidade: o desafio da Educação Permanente em Saúde em uma unidade de Cuidados Paliativos Oncológicos. Conclusões: A pesquisa mostra a importância da oferta precoce de cuidados paliativos oncológicos, aliada à Educação Permanente em Saúde, como forma de promover qualidade de vida do paciente, física, psíquica, social e espiritualmente.

Biografia do Autor

Luciene Miguel Lima Neves, Instituto Nacional do Câncer

Enfermeira do Hospital de Câncer IV

Mônica Villela Gouvêa, Universidade Federal Fluminense

Graduada em Odontologia (1994), com mestrado e doutorado em Odontologia Social pela Universidade Federal Fluminense (1998 e 2002). Professora Associada da Universidade Federal Fluminense, lotada no Departamento de Planejamento em Saúde do Instituto de Saúde Coletiva desde 2005. Vinculada ao Mestrado Profissional "Ensino na Saúde: Formação Docente Interdisciplinar para o SUS" (Escola de Enfermagem/UFF), desde 2011, nas linhas de pesquisa Educação Permanente em Saúde e Formação em Saúde. Possui experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Política, Planejamento e Formação em Saúde, tendo atuado como assessora da área programática 3.2 da Secretaria Municipal do Rio de Janeiro. Seus principais temas são Atenção Primária em Saúde, Saúde da Família, Educação Permanente em Saúde, Formação Superior em Saúde e Saúde Bucal Coletiva. 

Endi Evelin Ferraz de Souza

Enfermeira do Hospital de Câncer IV

Referências

¹. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2018: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2017 [acesso em: 14 mai 2020]. Disponível em: http://www1.inca.gov.br/esmava/2018/esmava­2018.pdf

². Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Panamericana da Saúde (OPAS). Folha informava – câncer. Brasília, DF: OPAS; 2018 [acesso em 20 mai. 2020]. Disponível em: hps://www.paho.org/bra/index.php?opon=com_content&view=arcle&id=5588:folha­informava­cancer&Itemid=1094.

³. Silva RCF da, Hortale VA. Cuidados palitiavos oncológicos: elementos para o debate de diretrizes nesta área. Cad Saúde Pública. 2006;22(10):2055­2066 [acesso em 20 mai. 2020]. Disponível em: hp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arext&pid=S0102­311X2006001000011&lng=en&nrm=iso

⁴. Du Boulay S. Changing the face of death: the story of Cicely Saunders. 2. ed. Great Britain: Brightsea Press; 2007.

⁵. World Health Organization (WHO/OMS). Global atlas of palliative care at the end of life: world cancer report. Lyon: IARC; 2002.

⁶. Brasil. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 12.732, de 22 de novembro de 2012. Dispõe sobre o primeiro tratamento de paciente com neoplasia maligna comprovada e estabelece prazo para seu início. Brasília, DF: Diário oficial da União. 23 nov 2012.

⁷. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Comissão Intergestores Triparte. Resolução nº 41, de 31 de outubro de 2018. Dispõe sobre as diretrizes para a organização dos cuidados paliativos, à luz dos cuidados continuados integrados, no âmbito Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília, DF: Diário Oficial da União. 23 nov 2018. p. 225.

⁸. Academia Nacional De Cuidados Paliativos (ANPC). Ofício 1599/2017, que trata do reconhecimento da Medicina Paliava como especialidade médica. São Paulo: ANCP. 01 jun 2017 [acesso em 20 mai. 2020]. Disponível em: https://paliativo.org.br/ancp-envia-ao-cfm-carta-sobre-reconhecimento-da-medicina-paliativa-como-especialidade-medica

⁹. Burlá C. Cuidados paliativos: afinal, do que se trata? Moritz RD, organizadora. Conflitos biotiécos do viver e do morrer. Brasília: CFM; 2011. p. 41­49 [acesso em 20 mai. 2020]. Disponível em: hps://portal.cfm.org.br/images/stories/biblioteca/conflitos.pdf.

¹⁰. Zanatta AB, Lucca SRD de. Prevalência da síndrome de burnout em profissionais da saúde de um hospital oncohematológico infantil. Rev Esc Enferm da USP. 2015;49(2) [acesso em 20 mai. 2020]:253­258. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arext&pid=S0080­62342015000200253&lng=pt&nrm=iso.

¹¹. Maslach C, Jackson SE. The measurement of experienced burnout. J Occup Behav. 1981;2(2) [acesso em 20 mai. 2020]:99­113. Disponível em: hps://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/job.4030020205

¹². Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 10. ed. São Paulo: Hucitec; 2007.

¹³. Bastos C, Keller V. Aprendendo a aprender. 23. ed. Petrópolis: Vozes; 2011.

¹⁴. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Conselho Nacional de Saúde (CNS). Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília, DF: Diário Oficial da União. 12 dez 2012.

¹⁵. Martin LM. A ética e a humanização hospitalar. Pessini L, Bertachini L, organizadores. Humanização e Cuidados Palitiavos. 6. ed. São Paulo: Loyola; 2014. p. 31­50.

¹⁶. Melo AGC. Os cuidados palitiavos no Brasil. Pessini L, Bertachini L, organizadores. Humanização e Cuidados Paliativos. 6. ed. São Paulo: Loyola; 2014:291­299.

¹⁷. Wessex Pallitiave Physicians. The palliative care handbook: a good practice guide. 8. ed. [publicação online]; 2014[acesso em 20 mai. 2020]. Disponível em: hps://nyurl.com/y47eqytk

¹⁸. Coradazzi AL, Santana MT, Caponero R. Diretrizes para melhores práticas. Minas Gerais: MG Editores; 2019.

¹⁹. Santos TF, Pintarelli VL. Educação para o Processo do Morrer e da Morte pelos Estudantes de Medicina e Médicos Residentes. Rev bras educ med. 2019;43(2) [acesso em 20 mai. 2020]: 5­14. Disponível em: hp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arext&pid=S0100­55022019000200005&lng=en&nrm=iso.

²⁰. Kübler­Ross E. Sobre a morte e o morrer: o que os doentes terminais têm para ensinar a médicos, enfermeiras, religiosos e aos seus próprios parentes. 10. ed. São Paulo: Martins Fontes; 2017.

²¹. Dejours C. Conferências brasileiras: identidade, reconhecimento e transgressão no trabalho. São Paulo: EAESP/FGV; 1999

²². Cunha CCB. Dimensionamento do pessoal de enfermagem da clínica cirúrgica de um hospital universitário da região centro-oeste. (Dissertação de Mestrado). Goiás: Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás; 2011[acesso em 20 mai. 2020]. Disponível em: hps://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tde/712/1/Dissertacao%20Claudia%20Cleinne%20Barcelos%20Cunha.pdf.

Downloads

Publicado

2021-04-30

Como Citar

Neves, L. M. L., Gouvêa, M. V., & Souza, E. E. F. de. (2021). Cuidados paliativos oncológicos ou cuidados ao fim de vida? O desafio de uma equipe multiprofissional. aúde m edes, 6(3), 25–37. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2020v6n3p25-37

Edição

v. 6 n. 3 (2020): Saúde em Redes

Seção

Artigos Originais

Licença

Os direitos autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com os direitos de publicação para o periódico. Este periódico é de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no link a seguir https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR).