A Educação Popular em Saúde como mediação pedagógica da gestão e práticas colaborativas na Atenção Básica à Saúde

Autores

  • Alex Simões de Mello Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
  • William Pereira Santos Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora, Brasil.
  • Sonia Acioli de Oliveira Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2020v6n1p219-233

Palavras-chave:

Educação Popular em Saúde. Atenção Básica à Saúde. Gestão participativa. Saúde da mulher. Rastreamento de câncer.

Resumo

Esta é uma sistematização de experiências, na perspectiva de Oscar Jara (2012), sobre a gestão compartilhada de uma Clínica de Família, no bairro de Manguinhos, Rio de Janeiro - RJ, Brasil. Objetivou-se refletir como a Educação Popular em Saúde (EPS) pode mediar o processo de gestão compartilhada na qualificação das ações de prevenção do câncer de colo do útero junto aos profissionais, numa ação colaborativa com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Tomou-se como reflexão, o trabalho na Atenção Básica, a mediação da EPS e a gestão e práticas colaborativas. Concluiu-se que o diálogo com o contexto local, mediado por uma parceria colaborativa sob a proposta crítico-reflexiva, transformou em práxis a coleta de preventivo, qualificando o processo de cuidado.

Biografia do Autor

Alex Simões de Mello, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

Departamento de Enfermagem em Saúde Pública, Faculdade de Enfermagem.

William Pereira Santos, Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora, Brasil.

Unidade de Anatomia Patológica.

Sonia Acioli de Oliveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

Departamento de Enfermagem em Saúde Pública, Faculdade de Enfermagem.

Referências

Jara. OJ. A sistematização de experiências: prática e teoria para outros mundos possíveis. Brasília, DF: CONTAG, 2012.

Manguinhos: Histórias de Pessoas e Lugares [internet]. Rio de Janeiro: Fiocruz. Laboratório Territorial de Manguinhos. Disponível em <http://www.conhecendomanguinhos.fiocruz.br/>. Acesso em: 13 de setembro de 2018.

Governo do Rio de Janeiro. Informação pública. PAC comunidade Complexo de Manguinhos - urbanização [internet]. Rio de Janeiro: Governo do Rio de Janeiro. Governo do Rio de Janeiro. Disponível em <http://www.rj.gov.br/web/informacaopublica/exibeconteudo?article-id=1036918>. Acesso em: 13 de setembro de 2018.

Theme Filha MM, Daumas RP, Alves LC, et al. Análise da tuberculose em uma unidade de Atenção Primária à Saúde na cidade do Rio de Janeiro: perfil clínico, resultado de tratamento e qualidade dos registros. Cad. Saúde Colet., 2012, Rio de Janeiro, 20(2): p.169-76.

Schütz G, Pivetta F, Engstrom E. Contextos do Teias-Escola Manguinhos. In: Carvalho, MAP, Pivetta F (orgs.). O território integrado de atenção à saúde em Manguinhos: todos somos aprendizes! Rio de Janeiro: ENSP/ Fiocruz, 2012. p.25-37.

Matos M, Souza RM. A formação de um conselho local de saúde. In: Santos, IS, Goldstein RA (orgs.). Rede de pesquisa em Manguinhos: sociedade, gestores e pesquisadores em conexão com o SUS. São Paulo: Hucitec, 2016.

Engstrom E, Fonseca Z, Leimann B (Orgs.). A experiencia do Território Escola Manguinhos na Atenção Primária de Saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, ENSP: 2012.

Raiher AP. Condição de Pobreza e a Vulnerabilidade da Mulher Brasileira. Informe Gepec, Toledo, 20(1), jan./jun. 2016;. p. 116-128

Engstrom EM, Teixeira MB. Manguinhos, Rio de Janeiro, Brazil, “Street Clinic” team: care and health promotion practice in a vulnerable territory. Ciência & Saúde Coletiva, 21(6):1839-48, 2016.

Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Coordenação de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. - 2. ed. Rev. atual. - Rio de Janeiro: INCA, 2016.

Horta ALA. Citologia em meio líquido na prevenção do câncer de colo do útero. Inovar Saúde - Revista Médica, 2015. p.54-62.

Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2016: incidência de câncer no Brasil. - Rio de Janeiro: INCA, 2015.

Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Atlas On-line de Mortalidade [internet]. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero>. Acesso em: 08 de novembro de 2019.

Gamboni M, Miziara EF. (edts). Manual de Citopatologia Diagnóstica. São Paulo: Manole, 2013.

Machado LM. HPV, câncer do colo uterino e seus fatores de risco para o acometimento. [Monografia]. Faculdade Boa Viagem e Centro de Consultoria Educacional, Recife, 2015.

Bonetti OP, Chagas RA, Siqueira TCA. A Educação Popular em Saúde na gestão participativa do SUS: construindo uma política. In: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. II Caderno de educação popular em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. p.16-24.

Freire P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

Acioli S. Formação em saúde da família: um diálogo entre saberes e práticas. In: Dias PRV, Rendeiro MMP, Costa MH. Intervenções possíveis no território - práticas em saúde da família no SUS. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2015. p.53-65.

Rodrigues LBB, Silva PCS, Peruhype RC, et al. A atenção primária à saúde na coordenação das redes de atenção: uma revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva, 19(2), Enero-febrero, 2014, p.343-52

Merhy EE. A perda da dimensão cuidadora na produção da saúde: uma discussão do modelo assistencial e da intervenção no seu modo de trabalhar a assistência. In: Franco TB, Merhy EE. Trabalho, produção do cuidado e subjetividade em saúde: textos reunidos. São Paulo: Hucitec, 2013. p.68-94.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diretrizes para o cuidado das pessoas com doenças crônicas nas redes de atenção à saúde e nas linhas de cuidado prioritárias. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

Aoki M, Batista MPP, Almeida MHM. Desafios do cuidado em rede na percepção de preceptores de um Pet Redes em relação à pessoa com deficiência e bebês de risco: acesso, integralidade e comunicação. Cad. Bras. Ter. Ocup., São Carlos, 25 (3), p.519-32, 2017.

Stotz EM, David HMSL. Educação Popular e Saúde. In: Soares CB, Sivalli CM. Fundamentos de Saúde Coletiva e o cuidado de Enfermagem. Ed. Manole, 2013.

Valla, VV. A crise da interpretação é nossa: procurando intender a fala das classes subalternas. In: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. II Caderno de educação popular em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014, p. 35-48.

Pulga VL. A Educação Popular em Saúde como referencial para as nossas práticas na saúde. In: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. II Caderno de educação popular em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. p.123-46.

Franco TB, Merhy EE. Mapas analíticos: um olhar sobre a organização e seus processos de trabalho. In: Franco TB, Merhy EE. Trabalho, produção do cuidado e subjetividade em saúde: textos reunidos. São Paulo: Hucitec, 2013. p.338-61.

Downloads

Publicado

2020-07-28

Como Citar

Mello, A. S. de, Santos, W. P., & Oliveira, S. A. de. (2020). A Educação Popular em Saúde como mediação pedagógica da gestão e práticas colaborativas na Atenção Básica à Saúde. aúde m edes, 6(1), 219–233. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2020v6n1p219-233

Edição

Seção

Relato de Experiência