Política do setor de saúde intercultural para populações indígenas do Peru: multi ou interculturalidade?

Autores

  • Lilia Maria Nieva-Villegas Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Sonia Cristina Vermelho UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2021v7n2p109-121

Palavras-chave:

Competência Cultural, Assistência à Saúde Culturalmente Competente, Política Pública de Saúde, América Latina

Resumo

Este artigo analisa a Política Setorial de Saúde Intercultural do Perú para povos indígenas a partir de uma literatura que discute aos termos interculturalidade e multiculturalidade. O Perú é considerado multilíngue e pluriétnico, segundo a constituição Política do ano 1993, pois 40% da sua população é indígena. Para a pesquisa utilizamos pesquisa documental das Políticas setoriais de saúde intercultural peruana; com Análise de Conteúdo dos "Encontros Multiculturais". Utilizamos o referencial teórico da interculturalidade crítica, consideramos que para políticas de saúde com enfoque na inclusão social, é fundamental e necessário combater as assimetrias na prestação dos serviços, pois uma política realmente inclusiva numa perspectiva intercultural crítica, a ação governamental precisa de uma mudança de paradigma, de dominante e monocultural, para um paradigma decolonial e pluricultural. Como resultado argumentamos que o discurso intercultural usado nestas Políticas tem pontos teóricos fracos que dificultam a implementação das Políticas com essência de interculturalidade crítica possibilitando uma inclusão social com respeito às diferenças.

Biografia do Autor

  • Lilia Maria Nieva-Villegas, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Mestrado em Saúde Publica pela Universidade Nacional do Centro do Perú

  • Sonia Cristina Vermelho, UFRJ

    Doutorado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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Publicado

2021-07-22

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Nieva-Villegas, L. M., & Vermelho, S. C. (2021). Política do setor de saúde intercultural para populações indígenas do Peru: multi ou interculturalidade?. Saúde Em Redes, 7(2), 109-121. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2021v7n2p109-121