Rede na Rua: Trabalho Intersetorial com População em Situação de Rua na Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2021v7n1Supp93-104Palavras-chave:
Saúde Mental, Intersetorialidade, TerritórioResumo
O presente artigo tem como objetivo apresentar a construção de estratégias no território da cidade de Taguatinga-DF que visem à perspectiva de saúde mental dos usuários e profissionais que atendem população em situação de rua na pandemia da COVID–19. Este artigo consolida-se como relato de experiência de um projeto desenvolvido por residentes de um programa de residência multiprofissional em saúde mental do adulto e utilizou a metodologia de natureza qualitativa. Para tanto, pauta-se no método marxista (materialismo - histórico - dialético). O projeto foi dividido em quatro fases: 1. Levantamento de instituições que executam serviços direcionados à população em situação de rua da região de Taguatinga–DF; 2. Contato com as instituições; 3. Visita às unidades e definições de estratégias; 4. Execução das atividades. Os resultados demonstram que ações intersetoriais são fundamentais para a construção de rupturas com o modelo hegemônico. Fortalecer e criar ações no território é endossar o cuidado em liberdade, pensar o sujeito em sua integralidade e viabilizar os princípios do SUS, sobretudo nesse contexto de pandemia.Referências
Amarante P, Torre EHG. “De volta à cidade, sr. cidadão! ” - Reforma psiquiátrica e participação social: do isolamento institucional ao movimento antimanicomial. Revista de Administração Pública, 52(6), 1090-1107. 2018.
Iamamoto MV, Carvalho R. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: Esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 29 ed. São Paulo, Cortez; CELATS, 2009.
Laville C, Dionne J. A construção do saber. Belo Horizonte: UFMG, p. 340, 1999.
Pontes RN. Mediação e Serviço social: um estudo preliminar sobre a categoria teórica e sua apropriação pelo Serviço Social. 3ª ed. São Paulo: Cortez Editora, 1995.
Netto JP. Introdução ao Estudo do Método de Marx.- 1. Ed. – São Paulo: Expressão Popular, 2011.
Minayo MCS. (org.). Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
Behring ER, Boschetti I. Política Social: Fundamentos e História. Biblioteca básica do serviço social, v. 2. São Paulo, editora Cortez, 2011.
Iamamoto MV. O Serviço Social na cena contemporânea. In: CFESS – Serviço Social – Direitos Sociais e Competências Profissionais, 2009.
Silva MLL. Trabalho e população de rua no Brasil. São Paulo: Editora Cortez, 2009.
Brasil. Política Nacional para a População em Situação de Rua. Decreto 7053/2009.
Antunes R. Adeus ao trabalho?: Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. São Paulo: Cortez, 1995.
Souza HJ. Como se faz análise de conjuntura. Vozes, 1986.
Machado MDGG. Mulheres no contexto da rua: a questão do gênero, uso de drogas e a violência. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.
Butler J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro; Civilização Brasileira, 2003.
Zanello V, Silva LC, Henderson G. Saúde Mental, Gênero e Velhice na Instituição Geriátrica. Psic. Teor. e Pesq. [Online].
Zanello V. Saúde mental, mulheres e conjugalidade. In: STEVENS, C.; OLIVEIRA, S.; ZANELLO, V. (Org.). Estudos feministas e de gênero: perspectivas e articulações. Florianópolis: Mulheres, 2014b. p. 108-118.
Brasil. Emenda Constitucional nº 95 de 2016.
Mbembe A. Políticas da inimizade. Lisboa: Antígona, 2017.
Amarante P. Saúde Mental e Atenção Psicossocial. 20. ed. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2007.
Brasil. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ. Recomendações para os consultórios na rua e a rede de serviços que atuam junto com a população em situação de rua. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde, 2020. Disponível em: https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/wpcontent/uploads/2020/04/Sa%c3%badeMental-e-Aten%c3%a7%c3%a3o-Psicossocial-na-Pandemia-Covid-19-recomenda%c3%a7%c3%a3o-para-os-consult%c3%b3rios-na-rua-e-a-rede-de-servi%c3%a7os-que-atuam-junto-com-a-popula%c3%a7%c3%a3o-em-situa%c3%a7%c3%a3o-de-rua.pdf. Acesso em: 15 set. 2020.
Brasil. Tipificação Nacional dos Serviços Socioassitenciais. Resolução Nº 109 de 11 de novembro de 2009. Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). 2009.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
Amarante P. Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; 1998.
Freitas F, Amarante P. Medicalização em psiquiatria. SciELO-Editora FIOCRUZ, 2017.
Azevedo OA, Souza TP. Internação compulsória de pessoas em uso de drogas e a Contrarreforma Psiquiátrica Brasileira. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 27 [ 3 ]: 491-510, 2017.
Amarante P. O homem e a serpente: outras histórias para a loucura e a psiquiatria. SciELO-Editora FIOCRUZ, 1996.
Beavouir S. A velhice: A realidade incômoda. São Paulo, Difusão Europeia do livro, 1970.
Borges CF, Baptista TWF. O modelo assistencial em saúde mental no Brasil: a trajetória da construção política de 1990 a 2004. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, p. 456-468, fev. 2008
Lancetti A. Clínica peripatética. São Paulo: Hucitec, v. 3, 2006.
Alverga AR, Dimenstein M. A reforma psiquiátrica e os desafios na desinstitucionalização da loucura. Interface-comunicação, saúde, educação. V. 10, n. 20, p. 299-316, 2006.
Machado LV, Boarini ML. Políticas sobre drogas no Brasil: a estratégia de redução de danos. Psicologia: ciência e profissão, v. 33, n. 3, p. 580-595, 2013.
Rotelli F et al. A instituição inventada. Desinstitucionalização, v. 2, p. 89-99, 1990.
Antunes R. Coronavírus: o trabalho sob fogo cruzado. São Paulo: Boitempo, 2020.
Harvey D. Política anticapitalista em tempos de COVID-19. In: HARVEY, David et. al. (Orgs.). Cornonavírus e a luta de classe. Terra sem anos: Brasil, 2020.
Hino P et al. Pessoas que vivenciam situação de rua sob o olhar da saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, 71(Supl. 1), 684-692, 2018.
Brasil. Presidência da República. Lei 10216. 2001.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com os direitos de publicação para o periódico. Este periódico é de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no link a seguir https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR).