Compreensão de território nos serviços farmacêuticos da atenção básica à saúde: um estudo qualitativo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2022v8n1p69-83

Palavras-chave:

Atenção Primária em Saúde, Assistência Farmacêutica, Serviços Básicos de Saúde

Resumo

Objetivo: descrever a compreensão de território por farmacêuticos que atuam na Atenção Básica. Métodos: Foram realizadas entrevistas com farmacêuticos alocados nas farmácias públicas de um município do Sul do Brasil. A entrevistas foram transcritas e analisadas por meio de análise temática de conteúdo. Resultados: Entrevistou-se treze farmacêuticos. As categorias temáticas elaboradas foram: território aprisionante, território distante e território desconhecido. Os resultados evidenciaram a atuação predominante do profissional como responsável pela gestão dos serviços farmacêuticos. A atuação profissional é dependente de recursos humanos e materiais adequados e da priorização de políticas de gestão voltadas à área da assistência farmacêutica. Conclusão: A compreensão do território nos serviços farmacêuticos da Atenção Básica à Saúde estabelece formas de atuação adequadas para tais serviços, no contexto dos 5.570 municípios contemplados na Política Nacional de Assistência Farmacêutica, conforme o preconizado na Lei 8.080/90.

Referências

Saturnino LTM, Perini E, Luz ZP, Modena CM. Farmacêutico: um profissional em busca de sua identidade. Rev Bras Farm 2012;93(1):10-16.

Angonesi D, Sevalho G. Pharmaceutical care: conceptual and critical basis to a Brazilian model. Cien Saude Colet 2010;15(Suppl3):3603-14.

Almeida RB, Mendes DHC, Dalpizzol PA. Ensino farmacêutico no Brasil na perspectiva de uma formação clínica. Rev Ciênc Farm Básica Apl 2014;35(3):347-354.

Spada C, Chagas JR, Silva KFF, Castilho SR. Farmácia. In: Haddad, AE et al. (Org.). A trajetória dos cursos de graduação na saúde: 1991 - 2004. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira; 2006. p. 169-99.

Pereira LRL, Freitas O. A evolução da Atenção Farmacêutica e a perspectiva para o Brasil. Rev Bras Cienc Farm 2008;44(4):601-12.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Cuidado farmacêutico na atenção básica. [internet] Brasília. Ministério da Saúde 2015 [acessado 2020 Set 03]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cuidado_farmaceutico_atencao_basica_saude_4_1ed.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria MS/GM nº4.279, de 30 de dezembro de 2010. Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) [portaria na internet]. Diário Oficial da União 31 dez 2010 [acessado 2020 Set 03]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4279_30_12_2010.html

Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília: Organização Pan-americana da Saúde; 2011. [acessado 2020 Set 08]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/redes_de_atencao_saude.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria MS/GM nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização de Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) [portaria na internet]. Diário Oficial da União 22 set 2017 [acessado 2020 Set 03]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html

Saquet MA. As diferentes abordagens do território e a apreensão do movimento e a (i)materialidade. Geosul 2007;22(43):55-76.

Abrahao AL, Merhy EE. Formação em saúde e micropolítica: sobre conceitos-ferramentas na prática de ensinar. Interface (Botucatu) 2014;18(49):313-24.

Faria RM, Bortolozzi A. Território e saúde na geografia de Milton Santos: teoria e métodos para o planejamento territorial do Sistema Único de Saúde no Brasil. Ra’e Ga 2016;38:291-320.

Raffestin C. Por uma geografia do poder. 1ª ed. São Paulo: Ática; 1993

Raffestin C. Space, territory and territoriality. Environ Plann D 2012;30:121-41.

Gondim GMM. Territórios da Atenção Básica: múltiplos, singulares ou inexistentes [tese]. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz; 2011.

Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria MS/GM nº 3.916, de 30 de outubro de 1998. Aprova a Política Nacional de Medicamentos [portaria na internet]. Diário Oficial da União 10 nov 1998 [acessado 2020 Set 03]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt3916_30_10_1998.html#:~:text=Aprovada%20pela%20Comiss%C3%A3o%20Intergestores%20e,da%20popula%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0queles%20considerados%20essenciais%22.

Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 338, de 06 de maio de 2004. Aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica [portaria na internet]. Diário Oficial da União 20 mai 2004 [acessado 2020 Set 03]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2004/res0338_06_05_2004.html

Merhy EE. Um ensaio sobre o médico e suas valises tecnológicas – contribuições para compreender as reestruturações produtivas do setor saúde. Interface (Botucatu) 2000;4(6):109-16.

Yin RK. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4ed. Porto Alegre: Bookman; 2010.

Fontanella BJB, Ricas J, Turato ER. Saturation sampling in qualitative health research: theoretical contributions. Cad Saude Publica 2008;24(1):17-27.

Fontanella BJB, Luchesi BM, Saidel MGB, Ricas J, Turato ER, Melo DG. Sampling in qualitative research: a proposal for procedures to detect theoretical saturation. Cad Saude Publica 2011;27(2):388-94.

Bardin L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2016.

Guattari F, Rolnik S. Micropolítica: cartografias do desejo. 4ed. Petrópolis: Vozes; 1996.

Feuerwerker LCM. Micropolítica e saúde: produção do cuidado. 1ed. Porto Alegre: Rede UNIDA; 2014. (Coleção Micropolítica do trabalho e o cuidado em saúde). Disponível em: http://historico.redeunida.org.br/editora/biblioteca-digital/colecao-micropolitica-do-trabalho-e-o-cuidado-em-saude/micropolitica-e-saude-pdf

Franco TB. As redes na micropolítica do processo de trabalho em saúde. In: Pinheiro R, Mattos RB (Orgs.). Gestão em redes: práticas de avaliação, formação e participação na saúde. Rio de Janeiro: CEPESC; 2006. p. 459-75. Disponível em: https://www.cepesc.org.br/wp-content/uploads/2013/08/gestao-em-redes-final.pdf

Franco TB, Merhy EE. Cartografias do trabalho e cuidado em saúde. Tempus, actas de saúde colet 2012;6(2):151-63.

Araujo ALA, Pereira LRL, Ueta JM, Freitas O. Pharmacist care in the Brazilian primary health care system. Cien Saude Colet 2008;13(Suppl):611-7.

Angonesi D. Pharmaceutical dispensing: an analysis of diferente concepts and models. Cien Saude Colet 2008;13(Suppl):629-40.

Leite SN, Bernardo NLMC, Álvares J, Junior AAG, Costa EA, Acurcio FA, Guibu IA, Costa KS, Karnikowski MGO, Soeiro OM, Soares L. Medicine dispensing servisse in primary health care of SUS. Rev Saude Publica 2017;51(suppl 2):11s.

Silva Oliveira TA, Alves do Nascimento AM. Pharmaceutical assistance in the Family Healthcare Program: points of affinity and discord in the organization process. Cien Saude Colet 2011;16(9):3939-49.

Carvalho MN, Álvares J, Costa KS, Guerra Junior AA, Acurcio FA, Costa EA, Guibu IA, Soeiro OM, Karnikowski MGO, Leite SN. Workforce in the pharmaceutical services of the primary health care of SUS, Brazil. Rev Saude Publica 2017;51(suppl 2):16s.

Bueno D, Machado AR. Avaliação dos dispensários do distrito sanitário Glória-Cruzeiro-Cristal Porto Alegre-RS. Rev APS 2011;14(1):4-11.

Guerin GD, Rossoni E, Bueno D. Therapeutic itineraries of users of medication in a unit of the Family Heatlh Strategy. Cien Saude Colet 2012;17(11):3003-10.

Bueno D, Sampaio GC, Guerin GD. Análise do acesso a medicamentos em uma unidade do Programa de Saúde da Familia em Porto Alegre. Rev APS 2013;16(1):83-9.

Almeida PF, Medina MG, Fausto MCR, Giovanella L, Bousquat A, Mendonça MHM. Coordenação do cuidado e atenção primária à saúde no Sistema Único de Saúde. Saúde Debate 2018;42(n.spe1):244-60.

Downloads

Publicado

2021-11-04

Como Citar

Schneider Loss, G., Pegoraro Alves-Zarpelon, S., & Bueno, D. (2021). Compreensão de território nos serviços farmacêuticos da atenção básica à saúde: um estudo qualitativo. aúde m edes, 8(1), 69–83. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2022v8n1p69-83

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)