PERFIL DOS PACIENTES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA ATENDIDOS EM UM PROJETO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

Autores

  • Caio Ramon Queiroz Mestrando em Ensino em Ciências da Saúde e do Meio Ambiente - Centro Universitário de Volta Redonda (UNIFOA). Fisioterapeuta da Prefeitura Municipal de Volta Redonda – RJ. https://orcid.org/0000-0002-4692-2727
  • Jose Henrique de Lacerda Furtado Doutorando em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública – Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/FIOCRUZ). Graduado em Enfermagem e em Fisioterapia pelo Centro Universitário de Barra Mansa – RJ. Técnico Administrativo em Educação/Enfermagem no Instituto Federal do Rio de Janeiro – Campus Pinheiral. https://orcid.org/0000-0003-2257-3531
  • Wedla Lourdes Rebouças Matos Fisioterapeuta. Mestre em Ciências Médico Cirúrgicas pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Docente do Centro Universitário Estácio do Ceará. https://orcid.org/0000-0003-3173-6451
  • Leila Beuttenmüller Fisioterapeuta. Doutoranda em Ciências do Desporto na Universidade Trá-os-montes e Alto Douro (UTAD) em Vila Real, Portugal. https://orcid.org/0000-0002-7772-319X
  • Andréa Nóbrega Cirino Nogueira Doutora em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Fisioterapeuta na Universidade Federal do Ceará (UFC/EBSERH). https://orcid.org/0000-0001-8596-5247

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2021v7n3p417-427

Palavras-chave:

Incontinência Urinária, Perfil de Saúde, Diafragma da pelve, Saúde do Idoso, Fisioterapia.

Resumo

Introdução: A incontinência urinária (IU) pode ser definida como qualquer perda involuntária de urina. Embora comum entre os senescentes, muitas vezes associada como parte natural do processo de envelhecimento, ela pode acometer homens e mulheres de qualquer faixa etária, e pelos mais variados motivos. Objetivo: Traçar o perfil sociodemográfico da população atendida na Unidade de Reabilitação das Disfunções do Assoalho Pélvico (UREDAPE), por queixa de IU, relacionando os principais fatores desencadeantes. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal e retrospectiva, realizada a partir da análise de 23 prontuários dos pacientes com queixa de IU, atendidos na UREDAPE-CE, no período de janeiro de 2015 a junho de 2016. Resultados: Após a análise dos prontuários, foi possível identificar que o perfil da população atendida é caracterizado, em grande parte, por idosas, com idade entre 60 a 79 anos (65,2%), multíparas, que já passaram por alguma intervenção cirúrgica que envolvesse a musculatura do assoalho pélvico. Apesar disso, foi possível identificar também, o atendimento fisioterapêutico a pacientes adultos jovens e de meia idade, de ambos os gêneros, com fatores desencadeantes associados ou não. Considerações Finais: Diante disso, faz-se necessário o desenvolvimento de novos estudos, de amplo espectro, a fim de traçar um perfil mais detalhado dos pacientes acometidos pela IU e investigar melhor os principais fatores desencadeantes, para que seja possível o planejamento de estratégias efetivas de prevenção e tratamento desses pacientes.

Biografia do Autor

Caio Ramon Queiroz, Mestrando em Ensino em Ciências da Saúde e do Meio Ambiente - Centro Universitário de Volta Redonda (UNIFOA). Fisioterapeuta da Prefeitura Municipal de Volta Redonda – RJ.

Fisioterapeuta pelo Centro Universitário Estácio do Ceará (2016), bolsista integral do Programa Universidade para Todos - PROUNI. Mestrando Profissional em Ensino em Ciências da Saúde e do Meio Ambiente (MECSMA-UniFOA). Pós-graduado em Traumato-Ortopedia com Ênfase em Terapia Manual (UNESA-Nova Iguaçu) e pós-graduando em Acupuntura (FASF). Atualmente sou Fisioterapeuta na Prefeitura Municipal de Volta Redonda - RJ e no Centro de Saúde Renascer - Unidade Corpo Funcional. Minha área de atuação é com o método Pilates, Fisioterapia traumato-ortopédica e Fisioterapia neurofuncional.

Jose Henrique de Lacerda Furtado, Doutorando em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública – Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/FIOCRUZ). Graduado em Enfermagem e em Fisioterapia pelo Centro Universitário de Barra Mansa – RJ. Técnico Administrativo em Educação/Enfermagem no Instituto Federal do Rio de Janeiro – Campus Pinheiral.

Doutorando em Saúde Pública pela ENSP/FIOCRUZ. Mestre em Educação Profissional em Saúde pela EPSJV/FIOCRUZ - RJ, Bacharel em Enfermagem pelo Centro Universitário de Barra Mansa - UBM (2010). Especialista em Acesso à Saúde: Informação, comunicação e equidade pelo ICICT/FIOCRUZ - RJ (2018), especialista em Enfermagem do Trabalho (2015) e em Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família (2015), pelo Centro Universitário Internacional. É 3º Sargento especialista (da reserva) da Força Aérea Brasileira (FAB), tendo servido no Hospital de Aeronáutica dos Afonsos no período de 2008 a 2011. Atua no Serviço de Saúde do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ - Campus Pinheiral - RJ). Tem experiência na área de Enfermagem, com foco na área assistencial de média e alta complexidade, saúde coletiva, saúde do trabalhador e promoção da saúde. Membro de conselho editorial da editora e-Publicar. Pesquisa nas áreas Saúde e Educação, com ênfase em Politicas Públicas, Formação Profissional, Atenção Primária à Saúde e Processo de trabalho. 

Wedla Lourdes Rebouças Matos, Fisioterapeuta. Mestre em Ciências Médico Cirúrgicas pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Docente do Centro Universitário Estácio do Ceará.

Graduada em Fisioterapia pela Faculdade Integrada do Ceará (FIC) - 2008; Residência em Fisioterapia Hospitalar do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) _ Universidade Federal do Ceará / UFC - 2010; Fisioterapeuta do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC / UFC); Preceptora do Programa de Residência Multiprofissional da Universidade Federal do Ceará (UFC); Docente do Centro Universitário Estácio do Ceará - FIC; Mestre em Ciências Médico Cirúrgicas pela Universidade Federal do Ceará (UFC) - 2016; Especialização em Traumato Ortopedia com Ênfase em Terapia Manual (Estácio) - 2018; Coordenadora do Curso de Fisioterapia do Campus Centro do Centro Universitário Estácio do Ceará

Leila Beuttenmüller, Fisioterapeuta. Doutoranda em Ciências do Desporto na Universidade Trá-os-montes e Alto Douro (UTAD) em Vila Real, Portugal.

Possui graduação em Direito pela Universidade Federal do Ceará e graduação em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza. Especialista em Direito Processual Civil e em Fisioterapia e Reeducação da Motricidade e Fisioterapia Pélvica. Mestre em Ciência da Motricidade Humana pela Universidade Castelo Branco (UCB) no Rio de Janeiro. Doutoranda em Ciências do Desporto na Universidade Trá-os-montes e Alto Douro (UTAD) em Vila Real, Portugal. Atualmente é advogada, professora do Centro Universitário Estácio do Ceará - Estácio FIC e fisioterapeuta aposentada do Instituto Dr. José Frota (IJF). Atuou como coordenadora do Projeto de Responsabilidade Social e dos Cursos de Pós-graduação em Direito Público: constitucional, administrativo e tributário e do Curso de Direito Imobiliário, todos do Centro Universitário Estácio do Ceará. Tem experiência na área de Fisioterapia, com ênfase em Fisioterapia na saúde da mulher, atuando principalmente nos seguintes temas: fisioterapia, mulheres, fisioterapia das Disfunções do Assoalho Pélvico e câncer de mama. Tem experiência como advogada nas áreas de Direito do Trabalho e Direito Civil. Ministra as disciplinas de Introdução ao Estudo do Direito, Direito Civil I - parte geral e Direito Civil II - obrigações. Ministra ainda Ética; Bioética; Biodireito; Direito Sanitário; Fisioterapia da Saúde da Mulher e DAP

Andréa Nóbrega Cirino Nogueira, Doutora em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Fisioterapeuta na Universidade Federal do Ceará (UFC/EBSERH).

Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (1997), Especialização em Fisioterapia Cardiorrespiratória pela Universidade de Fortaleza (2004), Mestrado em Cirurgia pela Universidade Federal do Ceará (2009) e Doutorado em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Ceará (2017). Atualmente é fisioterapeuta do Instituto Dr. José Frota e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Coordena a Residência Integrada Multiprofissional em Atenção Hospitalar à Saúde, do Complexo dos Hospitais Universitários, da UFC. É membro do Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos do Hospital Universitário Walter Cantidio da UFC. Tem experiência na área de Fisioterapia, com ênfase em Fisioterapia Cardiorrespiratória, Terapia Intensiva, Reabilitação, Ventilação Mecânica e Ergonomia.

Referências

Fonseca ESM, Camargo ALM, Castro RA, Sartori MGF, Fonseca MCM, Lima GR, et al. Validação do questionário de qualidade de vida (King's Health Questionnaire) em mulheres brasileiras com incontinência urinária. Rev Bras Ginecol Obstet. 2005;27(5):235-42. DOI: <https://doi.org/10.1590/S0100-72032005000500002>

Oliveira JR, Garcia RR. Cinesioterapia no tratamento da Incontinência Urinária em mulheres idosas. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia; 2011;14(2):343-351. DOI: <https://doi.org/10.1590/S1809-98232011000200014>

Lopes MHBM, Higa R. Restrições causadas pela incontinência urinária à vida da mulher urinária à vida da mulher. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2006; 40(1):34-41. DOI: <https://doi.org/10.1590/S0080-62342006000100005>

Martins M, Berlezi EM, Dreher DZ. O desempenho da escala de Oxford e do biofeedback manométrico perineal na avaliação da incontinência urinária de esforço em mulheres no período do climatério. Sci Med. 2016;26(1):ID22969. DOI: <http://dx.doi.org/10.15448/1980-6108.2016.1.22969>

Caldas CP, Conceição IRS, José RMC, da Silva BMC. Terapia comportamental para incontinência urinária da mulher idosa: uma ação do enfermeiro. Texto Contexto Enfermagem. 2010;19(4):783-8. DOI:

<https://doi.org/10.1590/S0104-07072010000400023>

Kakihara CT, Sens YAS, Ferreira U. Efeito do treinamento funcional do assoalho pélvico associado ou não à eletroestimulação na incontinência urinária após prostatectomia radical. Revista brasileira de fisioterapia; 2007;11(6):481-486. DOI: <http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552007000600010>

Krinski GG, Guerra FMRM, Campiotto LG, Guimarães KMF, Bennemann RM. Os benefícios do tratamento fisioterapêutico na incontinência urinária de esforço em idosas - revisão sistemática. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research – BJSCR. 2013;4(3):37-40. Disponível:

<https://www.mastereditora.com.br/periodico/20130929_214015.pdf>

.

Cabral RMC, Freitas Filho GA, Sesconetto RA, Mota YL, Pires FO. Efeitos da reeducação postural global em desvios posturais e seus benefícios nos sintomas de incontinência urinária de esforço. Revista Brasileira Ciência e Movimento. 2015;23(2):5-13. DOI: <http://dx.doi.org/10.18511/rbcm.v23i2.5218>

Feldner Júnior PC, Sartori MGF, Lima GR, Baracat EC, Girão MJBC. Diagnóstico clínico e subsidiário da incontinência urinária. Rev Bras Ginecol Obstet. 2006;28(1): 54-62. DOI: <https://doi.org/10.1590/S0100-72032006000100010>

Silva L, Lopes MHBM. Incontinência Urinária em mulheres: razões da não procura por tratamento. Revista Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo.2009;43(1):72-8. DOI: <https://doi.org/10.1590/S0080-62342009000100009>

Santos PFD, Oliveira E, Zanetti MRD, Arruda RM, Sartori MGF, Girão MJBC et al. Eletroestimulação funcional do assoalho pélvico versus terapia com os cones vaginais para o tratamento de incontinência urinária de esforço. Rev Bras Ginecol Obstet. 2009;31(9):447-52. DOI:

<http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032009000900005>

Oliveira KAC, Rodrigues ABC, Paula, AB. Técnicas fisioterapêuticas no tratamento e prevenção da incontinência urinária de esforço na mulher. Revista eletrônica F@ pciência, Apucarana-PR. 2007;1(1):31-40. Disponível:

<http://www.fap.com.br/fap-ciencia/edicao_2007/004.pdf>

Beuttenmüller L, Cader AS, Macena RHM, Araujo NS, Nunes ÉFC, Dantas EHM. Contração muscular do assoalho pélvico de mulheres com incontinência urinária de esforço submetidas a exercícios e eletroterapia: um estudo randomizado. Fisioterapia e Pesquisa. Fisioter Pesq. 2011;18(3):210-6. DOI:

<http://dx.doi.org/10.1590/S1809-29502011000300002>

Duarte CMR. A indissociabilidade Ensino, Pesquisa e Extensão em uma instituição isolada de Ensino Superior: pontos para discussão. Intervozes: trabalho, saúde, cultura.2017;2(2):34-41. Disponível:

<https://www.fmpfase.edu.br/Intervozes/Content/pdf/Artigo/Artigo_02_02_01.pdf>

Ministério da Saúde (BR), Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Trata de pesquisas em seres humanos e atualiza a resolução 196. [Internet]. Diário Oficial da União. 12 dez. 2012 (acesso 24 out. 2020). Disponível:

<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html>.

Griffiths D, Kondo A, Bauer S, Diamant N, Liau L, Lose G, et al. Dynamic testing. In: Abrams P, Cardozo L, Koury S, Wen A, editores. Incontinence – Basic & Evaluation. International Continence Society; 2005:585-674.

Auge AP, Zucchi CM, da Costa FMP, Nunes K, Cunha LPM, da Silva PVF et al. Comparações entre os índices de qualidade de vida em mulheres com incontinência urinária submetidas ou não ao tratamento cirúrgico. Rev Bras Ginecol Obstet. 2006;28(6):352-7. Disponível:

<https://www.scielo.br/pdf/rbgo/v28n6/31889.pdf>

Higa R, Lopes MH, Reis MJBM. Fatores de risco para incontinência urinária na mulher. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2008;42(1):187-92. DOI:

<http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342008000100025>

Guarisi T, Neto AMP, Osis MJ, Pedro AO, Paiva LHC, Faúndes A. Incontinência urinária entre mulheres climatéricas brasileiras: inquérito domiciliar. Rev Saúde Pública. 2001;35(5):428-35. Disponível:

<https://www.scielo.br/pdf/rsp/v35n5/6580.pdf>

Higa R, Lopes MHBM. Fatores associados com a incontinência urinária na mulher. Rev Bras Enferm. 2005; 58(4):422-8. DOI:

<https://doi.org/10.1590/S0034-71672005000400008>

Pedro AO, Pinto-Neto AM, Costa-Paiva LHS, Osis MJD, Hardy EE. Síndrome do climatério: inquérito populacional domiciliar em Campinas, SP. Revista de Saúde Pública. 2003;37(6):735-42. Disponível: <https://www.scielo.br/pdf/rsp/v37n6/18016.pdf>

Silva LH, Serezuella KC, Bordini A, Citadini JM. Relação da incontinência urinária de esforço com a prática de atividade física em mulheres nulíparas. Salusvita. 2005;24(2):195-206.

Oliveira E, Takano CC, Sartori JP, Araújo MP, Pimentel SHC, Sartori MGF, Girão MJBC. Trato urinário, assoalho pélvico e ciclo gravídico-puerperal. Femina. 2007; 35 (2):89-94.

Lopes DBM, Praça, NS. Incontinência urinária autorreferida no pós-parto: características clínicas. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2012;46(3):559-564. DOI: https://doi.org/10.1590/S0080-62342012000300005

Pedro AF, Ribeiro J, Soler Z, Bugdan AP. Qualidade de vida de mulheres com incontinência urinária. SMAD, Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas. 2011;7(2):63-70. DOI: http://dx.doi.org/10.12707/RIV14042

Glisoi SFN, Girelli P. Importância da fisioterapia na conscientização e aprendizagem da contração da musculatura do assoalho pélvico em mulheres com incontinência urinária. Rev Bras Clin Med. São Paulo, 2011;9(6):408-13. Disponível:

<http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2011/v9n6/a2557.pdf>

Downloads

Publicado

2021-12-21

Como Citar

Queiroz, C. R., Furtado, J. H. de L., Matos, W. L. R., Beuttenmüller, L., & Nogueira, A. N. C. (2021). PERFIL DOS PACIENTES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA ATENDIDOS EM UM PROJETO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL. aúde m edes, 7(3), 417–427. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2021v7n3p417-427

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)