VIGILÂNCIA DA CRIANÇA EXPOSTA AO HIV NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE: ANÁLISE DE GESTANTES COM HIV E CRIANÇAS EXPOSTAS A? TRANSMISSA?O VERTICAL NAS DIFERENTES GERÊNCIAS DISTRITAIS DE PORTO ALEGRE
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2021v7n3p231-241Palavras-chave:
Gestante com HIV, Criança exposta ao HIV, Transmissão vertical.Resumo
Objetivo: Analisar gestantes com HIV e crianças expostas em Porto Alegre, fornecendo subsídios para discussão de possíveis melhorias assistenciais no enfrentamento ao HIV. Métodos: Trata-se de uma coorte retrospectiva, com dados provenientes do Sistema de Informac?a?o de Agravos de Notificac?a?o – SINAN de Porto Alegre, de 2002 a 2019. Resultados: Observou-se que das gestantes com HIV 58% são brancas, a faixa etária predominante é de 21 a 35 anos (72%) e maior concentração entre as que cursaram da 4ª a 7ª série incompleta (49,6%). Entre as gestantes, 58,7% já tinha diagnóstico do HIV antes do pré-natal e o início do pré-natal após a 12ª semana ocorreu para 73%. Na comparação entre as gerências distritais da cidade, evidenciou-se diferença estatística no perfil das gestantes com HIV em relação à raça (<0,001), escolaridade (<0,001), percentual de mulheres com diagnóstico do HIV antes do pré-natal (p=0,047) e percentual de mulheres com início do pré-natal até a 12ª semana de gestação (p=0,045). Em relação à criança exposta, observou-se diferença entre as gerências quanto ao encerramento do caso (<0,001), com maior percentual de crianças infectadas na gerência NHNI e PLP, maior percentual de perda de seguimento na gerência centro e maior percentual de óbitos na gerência NEB. Conclusões: o estudo apresenta elevado percentual de gestantes com baixa escolaridade, com diagnóstico do HIV antes do pré-natal, mas que iniciam o pré-natal tardiamente, apontando fragilidade assistencial. Além disso, observam-se diferenças entre perfil de gestantes e encerramento dos casos das crianças entre as gerências.Referências
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