Ação odontológica de extensão universitária em terras quilombolas: relato de experiência
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2022v8nsup2p69-83Palavras-chave:
Sistema único de saúde, Estratégia de saúde da família, Tratamento dentário restaurador sem traumaResumo
O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência da aplicação de Tratamentos Restauradores Atraumáticos por uma equipe multiprofissional em terras quilombolas. O relato origina-se da vivência de seis residentes durante estágio optativo da Residência Multiprofissional em Atenção Básica da Universidade do Vale do Itajaí, em parceria com a Residência Multiprofissional em Saúde do Campo da Universidade de Pernambuco. A escolha do local da vivência deu-se pelos vínculos preestabelecidos entre os programas. O campo escolhido foi o território quilombola presente na área de abrangência da Unidade de Saúde da Família do distrito de Iratama (Garanhuns-PE). Inicialmente realizou-se avaliação situacional, identificando a necessidade de atenção à saúde bucal dos moradores de um dos quilombos. A alternativa adotada foi a realização de Tratamento Restaurador Atraumático com os estudantes. Foram avaliadas 39 crianças: 13 se enquadravam no critério de inclusão para execução da técnica, sendo assim passaram pelo procedimento restaurador. Já as outras 26 crianças não se enquadraram na técnica: 17 possuíam os dentes hígidos e 9 necessitavam de atendimento odontológico em consultório. Concluiu-se que a vivência movimentou o território e que o Tratamento Restaurador Atraumático é capaz de se ajustar às necessidades locais. As equipes de Estratégia de Saúde da Família podem e devem utilizar tal tratamento para qualificar o processo de trabalho. Contudo, conclui-se que a vivência movimentou o cenário local, entretanto apresentou limitações no planejamento e execução da ação. O grande desafio após o encerramento do estágio é a longevidade e ampliação das atividades propostas.Referências
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