Atenção à saúde bucal na atenção primária à saúde em Portugal: Percepção dos médicos de família

Autores

  • Alexandre Morais Nunes Universidade de Lisboa- Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas
  • Manuel Lourenço Nunes Doutor em Biomedicina (Universidade da Beira Interior | Faculdade de Ciências da Saúde)

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n1p09-21

Palavras-chave:

Atenção primária à saúde, Saúde Bucal, Educação em Saúde

Resumo

Objetivos: o presente estudo objetivou abstrair as perceções dos médicos de família relativamente à implementação da atenção à saúde bucal na atenção primária à saúde em Portugal. Métodos: estudo exploratório-descritivo, de abordagem qualitativa, realizado com recurso a entrevista semiestruturada gravada aplicada a 30 médicos. A coleta de dados ocorreu entre janeiro de 2017 e junho de 2017, sendo utilizada para a análise a técnica da análise de conteúdo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco. Resultados: as falas revelam uma visão positiva sobre a realização de tratamentos e educação em saúde bucal em complemento do trabalho da equipe de saúde. Conclusões: Em conformidade com a literatura, os médicos destacam a importância do reforço da atenção à saúde bucal com a integração de médicos dentistas no sistema público de saúde, que permitiu um maior acesso a tratamentos (até então exclusivos da medicina privada) e contribuiu para o reforço da educação em saúde nessa área. 

Biografia do Autor

Alexandre Morais Nunes, Universidade de Lisboa- Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas

Doutor em Administração da SaúdeProfessor Auxiliar Convidade do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de LisboaAssessor do Ministro da Saúde do Governo de Portugal

Manuel Lourenço Nunes, Doutor em Biomedicina (Universidade da Beira Interior | Faculdade de Ciências da Saúde)

Professor na Universidade da Beira Interior | Faculdade de Ciências da Saúde), Covilhã, Portugal

Referências

Malta D, Neto O, Silva M, Rocha D, Castro A, Reis A, Akerman M. Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS): Capítulos de uma caminhada ainda em construção. Ciência e Saúde Coletiva. 2016; 21(6): 1683-1694.

Nunes A. Gestão empresarial hospitalar na perspectiva dos gestores. Lisboa: Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa; 2013.

Portugal. Direção-Geral da Saúde. Divisão de saúde escolar. Programa nacional de promoção da saúde oral. Lisboa: Direção-Geral da Saúde; 2005

Nunes A, Nunes M. Reformas da Gestão hospitalar: análise dos efeitos da empresarização. Lisboa: Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas; 2016.

Grade M. A satisfação das grávidas e Médicos Dentista no âmbito do Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral. Porto: Universidade Fernando Pessoa; 2013.

Portugal. Ministério da Saúde. Secretaria de Estado da Saúde. Despacho n.º 153. Diário da República nº3, de 5 de janeiro; 2005.

Locker D. Concepts of oral health, disease and the quality of life. In: Slade, G. (Ed.). Measuring oral health and quality of life (pp. 11-23). University of North Carolina, Dental Ecology: Chapel Hill; 1997.

Petersen P. The World Oral Health Report 2003: contínuous improvement of oral health in the 21st century – the approach of the WHO Global Oral Health Programme. Genebra, World Health Organization; 2003.

Pires I. A influência da saúde oral na qualidade de vida. Porto: Universidade do Porto; 2009.

Portugal. Despacho n.º 8591-B. Diário da República nº125 - II Série de 01 de julho; 2016.

Portugal. Programa do XXI Governo de Portugal. Lisboa: Governo de Portugal; 2015.

Antunes A, Rosete V, Fagulha J. Saúde Oral na Grávida. Acta Médica Portuguesa. 2001; 14(1): 385-393.

Almeida M, Barros L, Costa C, Alves, M. Promoção da Saúde Oral: contributos para a organização e aplicação de programas. Lisboa: Coisas de Ler; 2010.

Armeiro S. Contributos da comunicação na promoção da saúde oral e na adesão de profissionais de saúde a um programa de saúde oral. Lisboa: Universidade Aberta; 2008.

Castro E. Programa de Saúde Oral: Evolução, Instrumentos e Resultados. Braga: Universidade do Minho; 2012.

Amorim P. Cárie Dentária em Portugal. Porto: Universidade Fernando Pessoa; 2009.

Mendes J, Netto J. Atenção à saúde bucal na estratégia saúde da família: percepções dos profissionais sobre educação em saúde. Saúde em Redes. 2015; 1 (3): 63-71.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal. Brasília: Ministério da Saúde; 2004.

Anjos FS, Meinstriner SF, Bulgarelli AF, Pinto IC, Mestriner-Junior W. Equipes de Saúde Bucal no Brasil: Avanços e Desafios. Cienc Cuid Saúde. 2011 jul./set; 10(3): 601-607.

Minayo MC. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec; 1999. 6ed.

Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2006.

Lopes P. Estilos de vida e prevenção primária na saúde oral em ambiente escolar. Coimbra: Universidade de Coimbra; 2012.

Almeida C, Jesus S, Toscano A. Third national pathfinder: preliminary results in 6 and 12 year-old continental portuguese schoolchildren. caries research. 1999; 34: 308-60.

Areias C, Macho V, Raggio D, Melo P, Guimarães H, Andrade C, Pinto G. Cárie precoce da infância - o estado da arte. Acta Pediátrica Portuguesa. 2010;41(5):217-21.

Gavinha S. Avaliac¸ão do estado de saúde oral em idosos institucionalizados e estudo das repercussões do uso de próteses removiveis desadaptadas nos tecidos dentários. Tese de doutoramento. Porto: Universidade Fernando Pessoa; 2010.

Downloads

Publicado

2018-06-16

Como Citar

Nunes, A. M., & Nunes, M. L. (2018). Atenção à saúde bucal na atenção primária à saúde em Portugal: Percepção dos médicos de família. aúde m edes, 4(1), 09–21. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n1p09-21

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >> 

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.