Uso de tablets por Agentes Comunitários de Saúde no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2021v7n3p159-172

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Agentes Comunitários de Saúde, Tecnologia da Informação, Computadores de Mão, Fluxo de trabalho.

Resumo

Objetivo: Refletir sobre o uso institucionalizado de tablets pelos AgentesComunitários de Saúde (ACS) no seu processo de trabalho. Método: Pesquisa exploratória, com características quantitativa e qualitativa. Busca de reportagens realizada no Google notícias entre 2013 e 2019, utilizando os descritores “Agente Comunitário” e “Tablet”. Elaborou-se um formulário eletrônico no Epi-info 7 com as principais informações de cadauma das notícias, gerando um respectivo banco de dados e clipping das matérias identificadas. Foi feita a análise temporal e geográfica das matérias. A abordagem qualitativa compreendeu a análise dos conteúdos das notícias, com base na análise de conteúdo de Laurence Bardin. Resultados e discussão: Foram encontradas vinte e sete (27) notícias deonze (11) estados de vinte e seis (26) municípios, sendo a maior parte da região Sul e Nordeste do Brasil. Na análise do conteúdo, percebeu-se que o tablet é compreendido como um instrumento que irá fazer com que o trabalho do ACS seja mais dinâmico e prático para eles e para a equipe de saúde da família como um todo, alguns dos termos que mais sedestacaram foram: melhoria, facilidade e agilidade no processo de trabalho. O processo de qualificação dos ACS para o uso da nova tecnologia foi citado em 11 notícias (41%). Conclusão: É importante problematizar a introdução de tablets no processo de trabalho doACS, levantando avanços e desafios, oferecendo também a qualificação apropriada para que estes profissionais possam fazer o melhor uso da ferramenta e não descartar totalmente os papéis, pois podem ser úteis.

Biografia do Autor

Bianca Borges da Silva Leandro, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fundação Oswaldo Cruz

Sanitarista. Atualmente, atua como Tecnologista em Saúde Pública na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz, no Laboratório de Educação Profissional em Informações e Registros em Saúde (Lires/EPSJV/Fiocruz). Coordenou o Lires/EPSJV/Fiocruz desde agosto de 2017 a outubro de 2020. Também colaborana Sala de Situação COVID-19 nas favelas do Observatório COVID-19 da Fiocruz. Mestre em Vigilância em Saúde/Programa de Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/FIOCRUZ). Bacharel em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e técnica de nível médio em Gestão em Serviços de Saúde pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/FIOCRUZ).

Juliana Felício Rangel, Centro Universitário Augusto Motta

Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário Augusto Motta. Estagiária da Fundação Oswaldo Cruz no Laboratório de Educação Profissional em Informações e Registros em Saúde (LIRES) na Escola Politécnica Joaquim Venâncio (EPSJV), auxiliando nas atividades de desenvolvimento de pesquisas e ensino no períoco de 2018 a 2020. Atualmente é bolsista de pesquisa no projeto Informações e Registros em Saúde na formação do Agente Comunitário de Saúde: produção de e-book interativo na EPSJV/Fiocruz.

José Mauro da Conceição Pinto, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fundação Oswaldo Cruz

Graduado em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991) e mestre em Comunicação, Imagem e Informação pela Universidade Federal Fluminense (2001). Atualmente é pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz e professor docente I - Colégio Estadual Nilo Peçanha. Tem experiência na área de Ciência da Informação, com ênfase em Arquivologia. Atuando principalmente nas áreas de Ensino e Pesquisa em: História, Arquivística, e Gestão de arquivos de instituições de ciência & tecnologia em saúde.

Reinaldo de Araújo Dantas Lopes, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fundação Oswaldo Cruz

Graduado em Geografia nas modalidades Bacharel e Licenciatura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi bolsista no Programa de Educação Tutorial (PET- MEC/SESu) e de iniciação científica no projeto ?Território, federalismo e política de saúde?.Atuou como estagiário no Plano de Monitoramento Epidemiológico da Área de Influência do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) pelo Laboratório de Monitoramento Epidemiológico de Grandes Empreendimentos (LabMep), ambos vinculados à Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) / FioCruz . Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Atenção Básica - Programa Saúde da Família onde atuou como Agente Comunitário de Saúde. Atualmente é bolsista de pesquisa no projeto Informações e Registros em Saúde na formação do Agente Comunitário de Saúde: produção de e-book interativo na EPSJV/Fiocruz.

Fernanda do Nascimento Martins, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fundação Oswaldo Cruz

Possui graduação em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2010). Com ampla experiência em na área de educação e pesquisa. Mestre em Educação Profissional em Saúde, pelo programa de Pós-Graduação em Educação Profissional em Saúde, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da FIOCRUZ. Atualmente é bolsista de pesquisa no Laboratório de Educação Profissional em Informações e Registros em Saúde na EPSJV/Fiocruz.

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Publicado

2021-12-21

Como Citar

Leandro, B. B. da S., Rangel, J. F., Pinto, J. M. da C., Lopes, R. de A. D., & Martins, F. do N. (2021). Uso de tablets por Agentes Comunitários de Saúde no Brasil. aúde m edes, 7(3), 159–172. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2021v7n3p159-172

Edição

Seção

Artigos Originais