Trajetória de vida do/a profissional e a interface no cuidado com usuários/as de drogas
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2020v6n3p143-156Palavras-chave:
Traços de história de vida, Padrão de cuidado, Prática profissional, Abuso de DrogasResumo
O uso abusivo de drogas configura-se no contexto brasileiro como um problema no âmbito da saúde coletiva e dois paradigmas que regem a política pública, com modos de cuidar distintos, concorrem para seu enfrentamento, Proibicionista e Antiproibicionista. Nesta pesquisa, além dos paradigmas adotados, a trajetória de vida do/a profissional exerce forte influência sobre a sua prática de cuidado. O estudo objetivou conhecer a relação entre a trajetória de vida de profissionais de um Centro de Acolhimento Intensivo do Programa ATITUDE na Região Metropolitana do Recife – Pernambuco e suas práticas de cuidado voltadas aos usuários/as de crack, álcool e outras drogas. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, e, de forma individual, aplicadas seis entrevistas semiestruturadas com profissionais que exerciam a função de psicólogo/a, assistente social, advogado/a, enfermeiro/a, técnico/a de enfermagem e educador/a social no serviço supracitado. Os dados coletados foram analisados, mediante a análise temática. Assim, foram construídas quatro categorias: 1. A percepção da droga como sintoma; 2. O contexto de uso das drogas na trajetória de vida da pessoa-profissional; 3. Ressignificação da pessoa-profissional sobre uso de drogas mediante experiência na prática de cuidado; 4. Cuidado e autonomia. Essas categorias permitiram concluir que o Programa ATITUDE teve um forte significado na trajetória de vida pessoal e profissional de vários participantes, revelando a necessidade de manter a interface da subjetividade na elaboração e execução do eixo de políticas, planejamento e gestão em saúde como forma de aumentar a qualidade do cuidado e a eficácia das políticas públicas no âmbito da saúde coletiva.Referências
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