Avaliação da Saúde Ocular de Crianças da Educação Infantil em uma Creche: Tecendo Laços entre Educação e Saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2022v8n1p101-115

Palavras-chave:

Saúde da Criança, Saúde Ocular, Diagnóstico da Situação de Saúde, Serviços de Saúde Escolar.

Resumo

Objetivo: Avaliar a acuidade visual de crianças da educação infantil em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) do município de Teresina-PI. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de caráter quantitativo, do tipo observacional, descritivo e transversal. Participaram do estudo 75 pré-escolares que estavam matriculados e frequentando regularmente a CMEI do bairro analisado, de ambos os sexos, na faixa etária de 3 a 6 anos de idade, sendo obtida prévia autorização dos pais/responsáveis. Foi realizada a avaliação da acuidade visual por meio do Teste de Snellen adaptado para a faixa etária estudada. Resultados: Foi constatada baixa acuidade visual em 2 crianças do sexo feminino (2,66%) e 1 criança (1,33%) do sexo masculino, portanto não havendo diferença expressiva quanto ao sexo. Foram observadas ainda a presença de sinais e sintomas que indicam a necessidade de consulta oftalmológica mais aprofundada em cerca de 7%, devido alterações constatadas não somente pelo Teste de Snellen, mas também pela presença de sinais e sintomas indicativos de encaminhamento como o estrabismo e dor ocular em dois pré-escolares. Considerações Finais: A avaliação visual realizada permitiu avaliar a acuidade visual dos pré-escolares e assim contribuiu para a possibilidade de um diagnóstico de baixa acuidade visual das crianças avaliadas e seu posterior encaminhamento visando tratamento adequado, refletindo também na conscientização de pais/responsáveis e a necessidade de instituição efetiva de laços que aproximem a Estratégia de Saúde da Família e CMEI.

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Publicado

2022-05-10

Como Citar

Santos, A. M. da S., Tajra, I., & Torres, M. V. (2022). Avaliação da Saúde Ocular de Crianças da Educação Infantil em uma Creche: Tecendo Laços entre Educação e Saúde. aúde m edes, 8(1), 101–115. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2022v8n1p101-115

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