Saúde Coletiva e branquitude: uma revisão de literatura integrativa
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2025v11n1.4404Palavras-chave:
Saúde Coletiva, Branquitude, RacismoResumo
Introdução: Esse artigo traz como pergunta de pesquisa: “O que tem sido discutido na literatura dentro do campo da Saúde Coletiva sobre a construção social da branquitude e seus impactos a partir do racismo?”. Objetivo: Discutir o conceito de branquitude nos estudos em Saúde Coletiva a partir de uma revisão de literatura. Metodologia: Revisão integrativa de literatura referente à produção acadêmica da Saúde Coletiva atrelada a estudos sobre a branquitude. Os descritores foram escolhidos por meio de consulta aos Descritores em Ciências da Saúde - DeCS da plataforma Biblioteca Virtual de Saúde - BVS da BIREME. A realização da busca ocorreu em setembro de 2022, a partir da biblioteca digital Scientific Electronic Library Online – Scielo. A análise do estudo foi pautada na análise de conteúdo, que prevê a classificação dos resultados analisados em categorias distintas ou afins, por meio de um conjunto de técnicas aplicadas no campo das comunicações. Resultado: Na busca foram encontrados 53 periódicos. A partir dos critérios de inclusão e exclusão, foi feita uma análise dos títulos, resumos e leitura na qual foram identificados oito artigos que traziam a discussão das temáticas pré-estabelecidas. Discussão: A construção de uma consciência racial é crucial para reconhecer as estruturas de poder e a construção social do nosso país, que é atravessado pelo racismo em sua formação. A branquitude é perpetuada por meio de instituições, normas culturais e práticas sociais, não é um conceito estático, mas evidencia os privilégios a que parte da população tem acesso.
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