ASSOCIAÇÃO ENTRE ESTILO DE VIDA E CARACTERÍSTICAS ANTROPOMÉTRICAS EM MULHERES COM COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO RELACIONADO AO TRABALHO

Autores

  • Amanda C. Girard Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS
  • Wânia W. Matos Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS
  • Nájla F. Nascimento Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS
  • Larissa F. C. Vieira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS
  • Beatriz R. Giacomini Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS
  • Mateus O. Ortiz Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS
  • Silvio A. Oliveira Junior Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS
  • Paula F. Martinez Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS

Resumo

INTRODUÇÃO: Os ambientes físicos, econômicos e sociais nos quais o homem moderno está inserido no contexto diário de sua rotina têm se modificado rapidamente, especialmente desde a metade do século passado. Alterações nos meios de transporte, comunicações, locais de trabalho e tecnologias de entretenimento doméstico estão relacionadas com demanda significativamente reduzida de atividade física. Com isso, também têm aumentado a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, incluindo a obesidade. Considerando sua origem multifatorial, a obesidade pode estar associada a fatores genéticos, metabólicos e de estilo de vida. Nesse sentido, o estilo de vida pode ser expresso pelos comportamentos adotados por um indivíduo ou coletividade no seu cotidiano, referente aos hábitos de vida, como prática de exercício físico, alimentação e outros. OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho foi avaliar características antropométricas e de estilo de vida, segundo índice de massa corporal (IMC), em mulheres com comportamento sedentário relacionado ao trabalho. METODOLOGIA: Estudo transversal e descritivo. A casuística foi composta por 18 mulheres, funcionárias do Serviço Brasileira de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) de Campo Grande/MS, participantes de um projeto de extensão da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Todas as participantes apresentaram comportamento sedentário relacionado ao trabalho, caracterizado por permanência na posição sentada superior a 6 horas/dia. Os indivíduos foram alocados em dois grupos, segundo IMC: G1 (IMC < 25 kg/m2) e G2 (IMC ? 25 kg/m2, sobrepeso ou obesidade). Foram coletados dados demográficos, antropométricos e de estilo de vida (prática de atividade física e hábitos alimentares). Quanto aos hábitos alimentares, quando o alimento era consumido mais que três vezes por semana, a ingestão foi considerada frequente. Estatística: descritiva e teste t de Student. RESULTADOS: Idade e altura foram semelhantes entre os grupos. O índice de massa corporal e as circunferências da cintura e do quadril foram significativamente maiores em G2 que em G1. Quanto à prática de atividade física, apenas 22,2% das mulheres foram consideradas fisicamente ativas (>150 min/semana de atividade física) em ambos os grupos. Em relação aos hábitos alimentares, foi observado consumo frequente de frutas em 44,4% das mulheres em G1 e 66,7% em G2. O consumo frequente de verduras foi verificado em 66,7% das mulheres em G1 88,9% em G2 Nenhum dos indivíduos apresentou consumo frequente de peixes em ambos os grupos. Além disso, a ocorrência de mulheres que apresentaram consumo frequente de carne vermelha e doces foi maior em G2 (100% e 88,9%, respectivamente) que em G1 (66,7% e 55,6%). CONCLUSÃO: Maus hábitos alimentares são mais frequentes em mulheres com sobrepeso ou obesas e comportamento sedentário relacionado ao trabalho.