CARACTERIZAÇÃO E FUNCIONALIDADE DE MEMBROS SUPERIORES EM MULHERES SUBMETIDAS AO TRATAMENTO CIRÚRGICO PARA O CÂNCER DE MAMA

Autores

  • Hedionéia Maria Foletto Pivetta UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Adriana Cielo UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Alessandra Sartori Godoy UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Thaís Nogueira de Oliveira Martins UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Gustavo do Nascimento Petter UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

Resumo

INTRODUÇÃO: O tratamento cirúrgico e as terapias adjuvantes empregadas no tratamento do câncer (CA) de mama podem gerar uma série de disfunções, as quais podem comprometer a funcionalidade e a qualidade de vida das pacientes. OBJETIVO: Caracterizar as mulheres submetidas a cirurgia oncológica da mama e identificar a funcionalidade do membro superior e correlacionar os escores obtidos no Questionário DASH com a escala de Cinesiofobia. METODOLOGIA: Trate-se de um estudo transversal, descritivo e de abordagem quantitativa, relativo ao período de 2016, a partir da análise de prontuários de mulheres em fase de reabilitação após o tratamento para o câncer de mama, atendidas pelo Serviço de Fisioterapia de um hospital escola do sul do Brasil. Os dados coletados foram transcritos para um questionário elaborado pelos pesquisadores, composto por questões abertas e fechadas. Para verificar a funcionalidade dos membros superiores foi aplicado o DASH (Disability Arm Shoulder and Hand) e a Escala Tampa para Cinesiofobia para avaliar o medo que a mulher apresenta em realizar movimento. A análise estatística foi através do Software SPSS 10.0. Para a verificação da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov. O nível de significância adotado foi de 5%.?. RESULTADO: Obteve-se um N de 22 mulheres, com média de idade de? 56,32 anos, onde 9 (40,91%)tem emprego formal, 5 (22,73%) são do lar, 4 (18,18%) autônomas e 2 (13,64%) aposentadas. Realizaram radioterapia 12 (54,55%), 8 (36,36%) não realizaram e 2 (9,09%) não estava informado o dado no prontuário. Realizaram quimioterapia 15 (68,18%), 6 (27,27%) não realizaram e 1 (4,55%) não estava informado. Podendo a mesma mulher ter realizado os dois tipos de tratamentos. A cirurgia mais prevalente foi a mastectomia radical com linfadenectomia em?21 (95,45%) dos casos, sendo que apenas 1 (4,55%) realizou quadrantectomia com linfadenectomia. A média do Questionário DASH foi de 28,88 e da Escala Tampa para Cinesiofobia foi de 37,05, não apresentando correlação entre eles (r=0,166). CONCLUSÃO: Observou-se que as mulheres apresentavam idade média de 56,32 anos, não sendo consideradas idosas. Quase metade delas (40,91%) possuíam emprego formal e mais da metade realizaram quimioterapia e/ou radioterapia. A cirurgia que mais foi realizada é de mastectomia radical com linfadenectomia, em 95,45%. Não houve influência do medo em realizar movimento sobre a funcionalidade dos membros superiores destas mulheres.