CONDICIONAMENTO FÍSICO E AUTONOMIA DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Autores

  • Milena Mena UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO/ RIO DE JANEIRO Autor
  • João Galdino da Silva Neto UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO/ RIO DE JANEIRO Autor
  • Kátia Marques UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO/ RIO DE JANEIRO Autor
  • Paula Morisco de Sá UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO/ RIO DE JANEIRO Autor

Resumo

INTRODUÇÃO: A transição demográfica da sociedade acarreta alterações da estrutura etária, elevando o percentual de idosos da população e, proporcionalmente, um maior número de idosos institucionalizados. O processo de internação em instituições de longa permanência requer muitas adaptações por parte do idoso e costuma instituir prejuízos como perda de autonomia, identidade e inatividade física. A autonomia funcional mostra-se um dos conceitos relevantes em relação a saúde, aptidão física e qualidade de vida. Os declínios funcionais em decorrência da idade estão intimamente relacionados a um estilo de vida sedentário e dinâmica psicossocial, fatores que podem ser modificados. Diante deste, se faz necessário a reflexão sobre a elaboração de estratégias que possam garantir a qualidade de vida desses sujeitos, assim como quantificar seu condicionamento físico. OBJETIVO: Os objetivos deste estudo foram: 1. Avaliar as correlações entre o condicionamento físico e autonomia e frequência de treino; 2. Avaliar as modificações no condicionamento físico e autonomia antes e após intervenção, em idosos institucionalizados. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo experimental não controlado, realizado em idosos da instituição de longa permanência Lar da Velhice Israelita - Rio de Janeiro. A amostra por conveniência contou com dez voluntários. Sendo incluídos sujeitos com idade superior a 60 anos, de ambos os sexos, sem história de doenças cardiorrespiratórias e com bom desempenho no mini exame do estado mental. O protocolo de avaliação pré e pós intervenção consistiu de verificação dos sinais vitais e anamnese, além da realização do Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6M) para avaliação do condicionamento físico e, para avaliação da autonomia funcional, o teste desenvolvido pelo Grupo de Desenvolvimento Latino-americano para a Maturidade (GDLAM). Os idosos realizaram 10 sessões de treinamento e o protocolo de intervenção utilizado foi descrito por Pagliosa et al (2014) onde as atividades englobavam estímulo à coordenação motora global, equilíbrio, propriocepção e fortalecimento. A periodicidade das sessões foi de duas vezes por semana. RESULTADO: Foram avaliados 10 sujeitos, onde 3 completaram o protocolo, 3 realizaram menos que dez sessões e 4 abandonaram o estudo. A partir da amostra de seis sujeitos, observamos correlação excelente direta entre a frequência de treino e a distância percorrida no teste de caminhada (DTC6M) (p< 0,02; r= 0,89). Correlações inversas excelentes entre GDLAM e frequência de treino (p< 0,004; r= -0,95), e GDLAM e DPTC6M (p< 0,02; r= -0,90). Não houve modificação significativa no condicionamento físico e autonomia antes e após a intervenção (p> 0,05). Em uma análise individual, comparando a distância prevista com a distância alcançada, observamos que 4 dos 6 sujeitos avaliados alcançaram mais que 100% do previsto para o seu perfil. CONCLUSÃO: No grupo estudado, um protocolo de 10 sessões proporcionou modificações não significativas no condicionamento físico e autonomia. Observou-se que quanto maior a frequência de treinamento, melhores os resultados para autonomia e condicionamento físico. Assim como, observou-se que a melhora da autonomia ocorre paralelamente a melhora do condicionamento físico.