CONSUMO DE OXIGÊNIO DE AMPUTADOS TRANSFEMORAIS DURANTE TESTE DE ESFORÇO MÁXIMO

Autores

  • Bruna da Silva Sousa UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Thanyze Alice V. Zoccoli UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Daniella C. Ornelas UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Juliana Muniz Siqueira UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Diego M. Mesquita UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Andreia N. dos Santos UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Vera Regina F. da Silva Marães UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Resumo

INTRODUÇÃO: O teste de exercício cardiopulmonar apresenta inúmeras variáveis que permitem analises dos sistemas cardiovasculares, respiratório e muscular, tendo como uma das principais mensurações a do volume de oxigênio máximo (VO2). Tendo em vista que a amputação ocasiona mudanças estruturais, mecânicas e metabólicas para adaptar-se ao membro residual, acredita-se que o consumo de oxigênio desses indivíduos seja alterado. OBJETIVO: Analisar o consumo de oxigênio de amputados transfemorais e seus impactos ao sistema cardiovascular durante teste cardiopulmonar. METODOLOGIA: Realizou-se testes de exercício cardiopulmonar em oito amputados tranfemorais unilaterais em uso de prótese (média 31 anos e 2,061 Desvio Padrão), ativos 4 ativos e 4 muito ativos (Questionário Internacional de Atividade Física - IPAQ). Foram realizados testes cardiopulmonar em cicloergômetro (Corival Quinton Equipamentos Ltda) com protocolo de rampa com mensuração de esforço pela escala de BORG, utilizando ergoespirometro Vmax (CareFusion). A análise descritiva dos dados foi realizada pelo software SPSS. RESULTADO: Foram observados que 37,5% dos voluntários alcançaram até 49% do volume de oxigênio predito para a idade e peso, correspondendo a um valor médio de 1.542 L/min (0,151 DP); 37,5% dos voluntários apresentaram mensurações de 75 a 85% percentual de VO2 com valor médio de 2.134 (0,233 DP) L/min e 25% dos voluntário alcançaram volumes entre 55 a 65% com valores até 2.246 L/min (0,193 DP). Sendo que dos oito voluntários, apenas três tiveram a interrupção do teste de esforço por apresentarem esforço próximo ao máximo segundo a BORG e cinco por desencaixe da prótese de membro inferior, dessa forma evidencia-se que o consumo de oxigênio dos mesmos não atingiu os valores preditos, desta forma os testes foram submáximos. CONCLUSÃO: Tendo em vista os resultados apresentados e as condições físicas dos voluntários, acredita-se que se não houvesse o desencaixe da prótese durante a realização do teste, os volumes mensurados seriam maiores, entretanto, para o teste submáximo os valores obtidos pelos amputados foram abaixo do esperado.