EQUILÍBRIO FUNCIONAL EM CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN

Autores

  • Dirce Shizuko Fujisawa UEL
  • Jéssica Caroliny de Jesus Neves UEL
  • Jéssica Cristina Leite UEL

Resumo

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Down é um distúrbio genético que está associado à diversas limitações em habilidades motoras, incluindo o equilíbrio. O equilíbrio e controle postural são considerados essenciais durante a realização das atividades de vida diária de crianças. O comprometimento do controle postural e do equilíbrio podem alterar a estabilidade e aumentar o risco de quedas em crianças com Síndrome de Down. OBJETIVO: Avaliar o equilíbrio funcional de crianças com Síndrome de Down na faixa etária entre oito a 12 anos de idade. METODOLOGIA: A amostra foi constituída de crianças na faixa etária entre 8 a 12 anos, de ambos os sexos, com diagnóstico de Síndrome de Down, que frequentam a Associação de Pais e Amigos de Portadores de Síndrome de Down (APS Down), do município. Foram coletados dados antropométricos e avaliado o equilíbrio funcional utilizando a Escala de Equilíbrio Pediátrica (EEP), adaptada e validada para a população brasileira. A EEP é constituída por 14 tarefas funcionas pontuadas de 0 a 4, com um escore total de 56 pontos. RESULTADO: Foram avaliadas 15 crianças, oito do sexo feminino e sete do masculino, mediana de idade de 10 [10-12] anos, média da massa corporal 38,1±10,2Kg, estatura 1,35±0,11m, IMC 20,5±3,7Kg/cm2, sendo 40% (6) classificados pelo score Z como eutróficos, 53,3% (8) como sobrepesos e 6,7% (1) como obeso. A média na pontuação total na EEP foi de 53±2 pontos. Os participantes atingiram, em sua maioria, a pontuação máxima de 4 pontos nas tarefas da EEP. As tarefas em que os participantes apresentaram dificuldade foram: permanecer em pé sobre uma perna e manter-se com um pé à frente do outro - tandem. A média da distância apresentada no teste do alcance, última tarefa da EEP, foi de 21±5cm. CONCLUSÃO: As crianças do presente estudo apresentaram escores reduzidos em relação às crianças tipicamente desenvolvidas da mesma faixa etária, encontrados na literatura, sugerindo assim, déficit do equilíbrio funcional e, consequentemente, maior risco de quedas.