COMO CONSTRUIR E AVALIAR EXAMES PRÁTICOS EM FISIOTERAPIA: ESTUDO DE CONFIABILIDADE DO MÉTODO OSCE

Autores

  • Heloisa Maria Jácome de Sousa Britto Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Roberta de Oliveira Cacho Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Marina Pegoraro Baroni Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • João Afonso Ruaro Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Johnnatas Mikael Lopes Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Thaiana Barbosa Ferreira Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Marcello Barbosa Otoni Gonçalves Guedes Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Débora Carvalho de Oliveira Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)

Resumo

INTRODUÇÃO: Uma avaliação apropriada na área da saúde deve envolver métodos que foquem aprendizado e desenvolvimento de habilidades e comportamentos. O Exame Clínico Objetivo e Estruturado (OSCE - do inglês Objective Structured Clinical Examination) é um método utilizado para avaliar a habilidade de interpretar informações e aplicá-las no tratamento dos pacientes. Embora muito se discuta na literatura a respeito desta forma de avaliação, pouco se sabe a respeito da sua aplicabilidade entre acadêmicos de Fisioterapia. OBJETIVOS: Relatar a experiência no curso de Fisioterapia com o uso da OSCE e demonstrar a confiabilidade interexaminador dos check-lists elaborados. METODOLOGIA: Participaram do estudo 29 estudantes regularmente matriculados nas disciplinas correspondentes à Atenção Fisioterapêutica em Aparelho Locomotor, todas ministradas no sétimo período do curso de Fisioterapia da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA/UFRN). A avaliação foi composta por quatro estações, onde cada uma abordou um caso clínico referente ao seu campo de atuação na atenção primária ou secundária à saúde e os itens dos checklists continham as opções de resposta sim, não e insuficiente. O aluno teve 7 minutos em cada estação e 4 alunos foram avaliados simultaneamente, totalizando um tempo de avaliação por aluno de aproximadamente 30 minutos. RESULTADOS: Houve diferença significativa na distribuição de notas entre as estações 1 e 2 (p<0,001) e 1 e 3 (p=0,001), e verificou-se confiabilidade excelente nas estações 1 (CCI= 0,89), 2 (CCI=0,99) e 3 (CCI=0,99), enquanto na estação 4 observou confiabilidade satisfatória (CCI=0,73). Todavia, existem aspectos que devem ser ressaltados ao elaborar este tipo de avaliação, a saber: os avaliadores precisam ter formação afim com o tema escolhido para o teste; é preferível utilizar check-list com possibilidade de resposta estreita, tipo correto ou incorreto; e que áreas da Fisioterapia com pouca sistematização profissional, como, por exemplo, a atenção primária, devem ser melhor delineadas previamente ao exame para não recair sobre arbitrariedades. CONCLUSÃO: Os achados indicam que a OSCE na prática fisioterapêutica possui confiabilidade interexaminador de satisfatória à excelente independendo do perfil de ensino-aprendizagem e de avaliação adotados, podendo ser um método útil para a formação profissional em saúde.