IMPACTO DA APRENDIZAGEM SOBRE A DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA NO NÍVEL DE CONHECIMENTO DE INDIVÍDUOS TABAGISTAS

Autores

  • Nathália Duarte Almeida IFRJ Autor
  • Jéssica de Souza Venturine IFRJ Autor
  • Karla Kristine Dames da Silva IFRJ Autor
  • Juliana Veiga Cavalcanti IFRJ Autor

Resumo

INTRODUÇÃO: A educação amplia a autonomia das pessoas e sua capacidade de construir o próprio cuidado à saúde. Educar pessoas acometidas por uma doença pode proporcionar melhora das habilidades específicas e a qualidade de vida. Segundo a OMS, 65 milhões de pessoas no mundo têm DPOC moderada a grave. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto da aprendizagem sobre a DPOC no nível de conhecimento de indivíduos tabagistas frequentadoras dos programas de controle do tabagismo e promover educação em saúde sobre a DPOC através de estratégias ativas de aprendizagem. METODOLOGIA: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do IFRJ sendo realizado em uma Clínica da Família da AP 5.1 do RJ com a finalidade de realizar um estudo prospectivo para verificar o nível de conhecimento sobre a DPOC dos indivíduos tabagistas antes e após intervenção educativa em saúde. Foram incluídos no projeto usuários cadastrados na referida clínica, homens e mulheres, sem restrição de faixa etária, participantes do Programa de Controle do Tabagismo da mesma. Os momentos de avaliação e intervenção foram realizados após as reuniões do grupo de Tabagismo. Para avaliar o nível de conhecimento sobre a DPOC foi aplicado um questionário desenvolvido e validado pelo Centro de Reabilitação Pulmonar da Universidade Federal de São Paulo, considerado adequado para a avaliação em questão. A intervenção educativa foi realizada com temáticas específicas relacionadas à DPOC, a saber: Conceito de DPOC e Medicamentos; Tabagismo; Nutrição; Exercícios, Conservação de energia e Oxigenioterapia, sendo desenvolvida em quatro encontros realizados quinzenalmente, com duração média de 120 minutos, durante dois meses consecutivos. RESULTADO: A análise dos dados foi realizada através da média de acertos pré e pós intervenção, e a partir do resultado foi observado se houve ou não aumento percentual do nível de conhecimento sobre DPOC. O questionário de Conhecimento sobre DPOC, é composto por 24 perguntas, e no primeiro momento a média foi de 13 acertos (54,1%). Na reaplicação do questionário a média de acertos subiu para 16 (66,6%). A diferença da primeira aplicação para segunda foi de 12,5%. Durante as reuniões foi perceptível como os usuários da Clínica da Família haviam aprendido o conteúdo proposto em cada encontro, pois participavam ativamente, e isso se refletiu na produção das oficinas, que renderam materiais coerentes com o conhecimento sobre as temáticas. Entretanto, a hipótese que criamos para explicar um resultado quantitativo aparentemente pouco, foi a percepção da facilidade de dispersão, expressões de inquietude e impaciência que os usuários apresentaram nos momentos de preenchimento do questionário. CONCLUSÃO: A inclusão de um programa educativo de prevenção e tratamento sobre a DPOC, utilizando-se diferentes estratégias de educação em saúde como uma ferramenta de empoderamento do indivíduo com relação a própria saúde foi realizada. A avaliação quantitativa do nível de conhecimento sobre a DPOC apresentou uma variação tímida. É importante que além de análises quantitativas sejam realizadas análises qualitativas em processos de educação em saúde com o intuito de ampliar a possibilidade de avaliação dos resultados de aprendizagem.