INFLUÊNCIA DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA EM GRUPOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NA QUALIDADE DE VIDA, CAPACIDADES FUNCIONAL, FÍSICA E RESPIRATÓRIA EM USUÁRIOS ACIMA DE 50 ANOS

Autores

  • Silvia Lanziotti Azevedo da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS (UNIFAL - MG); SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ALFENAS (SMSA)
  • Vanessa Carvalho Leite Gama Rocha UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS (UNIFAL - MG); SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ALFENAS (SMSA)
  • Maria Jaqueline Pereira UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS (UNIFAL - MG); SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ALFENAS (SMSA)
  • Ana Flávia dos Santos Oliveira UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS (UNIFAL - MG); SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ALFENAS (SMSA)
  • José Roberto Sostena Neto UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS (UNIFAL - MG); SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ALFENAS (SMSA)
  • Daniela Martins Ragognete Guimarães UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS (UNIFAL - MG); SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ALFENAS (SMSA)
  • Daniele Sirineu Pereira UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS (UNIFAL - MG); SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ALFENAS (SMSA)
  • Carolina Kosour UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS (UNIFAL - MG); SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ALFENAS (SMSA)

Resumo

INTRODUÇÃO: A atividade física é capaz de melhorar condições de saúde, e influenciar a qualidade de vida, além das capacidades funcional, física e respiratória. A implementação do programa de Práticas Corporais e Atividade Física trouxe o incentivo de sua inserção entre as competências da Atenção Primária à Saúde (APS), realizada em grupos, e podendo ser conduzidas por fisioterapeutas, como atividades de promoção de saúde e prevenção primária. OBJETIVO: Avaliar a influência da atividade física realizada em grupos na APS na qualidade de vida, capacidades funcional, física e respiratória em indivíduos acima de 50 anos. METODOLOGIA: Estudo observacional longitudinal onde foram avaliados 38 indivíduos, divididos em Grupo 1 (participantes de atividade física na APS, n=20) e Grupo 2 (controle, sedentários, n=18) pareados por sexo e idade. Foi realizada avaliação inicial com dados sociodemográficos (sexo, idade, renda, etilismo e tabagismo), clínicos (medicamentos, comorbidades, Indice de Massa Corporal, Força de Preensão Manual), capacidade física (Teste de Caminhada de 6' - TC6), capacidade funcional (Short Physical Performance Battery - SPPB), capacidade respiratória (pressões inspiratória - Pimax - e pressão expiratória - Pemax - máximas) e qualidade de vida (WHOQOL-Brief). A avaliação foi repetida após 15 participações no grupo de atividades para o Grupo 1, sendo o mesmo tempo respeitado no Grupo 2. Para análise estatística foram os testes T pareado e Wilcoxon, pré e pós em cada grupo, e Teste T Independente e Mann-Whitiney entre os grupos pela comparação do Delta de cada um, considerando ? = 0,05. RESULTADO: Nas análises pré e pós em cada grupo, foram significativas, no Grupo 1, a melhora na qualidade de vida (domínio físico) (p=0,033) e capacidade funcional (p=0,013), e no Grupo 2, a melhora no desempenho do Teste de Caminhada (TC6) (p=0,000) e na qualidade de vida (domínio relações sociais) (p=0,029). Na comparação entre os dois grupos, somente o TC6 apresentou significância, mostrando uma melhora no Grupo 2 ou grupo controle(p=0,00). CONCLUSÃO: A atividade física realizadas na APS não alcançou a melhora significativa esperada na qualidade de vida e capacidades física, funcional e respiratória, que são benefícios de sua prática regular. Este resultado evidencia a necessidade de reorganização da forma como os grupos são realizados e as atividades desenvolvidas pelos fisioterapeutas neste cenário, podendo oferecer melhores benefícios aos usuários.