INICIAÇÃO SEXUAL E CONDUTAS DE RISCO PARA O HIV/AIDS EM MULHERES INDÍGENAS POTIGUARA

Autores

  • Rosa Camila Gomes Paiva UNIPE
  • Luana Alzira Rodrigues Ribeiro UNIPE
  • Rafaela Gerbasi Nóbrega UNIPE
  • Mariana de Brito Barbosa UNIPE
  • Jania de Faria Neves UNIPE

Resumo

INTRODUÇÃO: A decisão de iniciar uma vida sexual envolve todo o contexto de vida da mulher e causa uma série de implicações de cunho bio-psico-social, dentre elas uma gravidez não desejada, aborto, doenças sexualmente transmissíveis (DST's). No cenário indígena, fatores como pobreza, baixa escolaridade, influencia da população não-índia, podem estar associados a uma iniciação sexual precoce. OBJETIVO: Buscou-se avaliar, o processo de iniciação sexual em mulheres indígenas da etnia potiguara investigando os fatores associados à sexualidade precoce. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de campo com observação através de um estudo descritivo de abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada em três aldeias indígenas do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Potiguara, localizadas no município de Rio Tinto - PB, a saber: aldeia Mont-Mór, aldeia Jaraguá e aldeia Silva de Belém. RESULTADO: A população estudada foi composta por mulheres indígenas, de 18 a 65 anos, totalizando uma amostra de 256 mulheres, com idade média de iniciação sexual precoce de 17 anos. Observou-se que essas mulheres sofrem influencias da população não-índia e 49,2% buscam informações sobre relação sexual com seus amigo/colegas e 60,5% obtiveram as primeiras informações sobre DST/AIDS na mídia, além de 74,6% referir o amor como principal motivo para sua primeira relação sexual. Dessas mulheres 14,5% revelaram que se sentiram pressionadas pelo seu parceiro (a) a deixar de ser virgem, 47,7% declararam nunca ter usado preservativo, apesar de 53,9% afirmarem que o seu uso é sempre necessário. CONCLUSÃO: Com isso a etnia Potiguara termina por assumir costumes da população não-índia que vão influenciar na decisão da iniciação sexual, revelando uma precocidade e uma falta de cuidado em relação ao uso do preservativo que muitas vezes essa decisão do não uso vem ser motivada pela confiança no parceiro.