COMPARAÇÃO DO PERFIL ENTRE IDOSOS HIPERTENSOS E NORMOTENSOS NO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE- MG

Autores

  • Caroline Gomes Gonçalves Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Marcello Barbosa Otoni Gonçalves Guedes Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Johnnatans Mikael Lopes Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Javier Jerez Roing Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Thais Sousa Rodrigues Guedes Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Luana Caroline de Assunção Cortez Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Bartolomeu Fagundes De Lima Filho Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Mayara Mirelly Lima Soares Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)

Resumo

INTRODUÇÃO: É elevada a prevalência da Hipertensão Arterial (HA) na população brasileira, sobretudo entre os idosos. A capacidade funcional (CF) é fator chave para independência e melhora da qualidade de vida dos idosos. Pesquisas apontam que algumas doenças crônicas podem estar ligadas a níveis baixos de CF. OBJETIVOS: Descrever e comparar o perfil de idosos hipertensos e normotensos do município de Belo Horizonte, com relação à capacidade funcional, antropometria, prática de atividade física (AF) e presença de outras doenças crônicas (DCA). METODOLOGIA: Estudo observacional, transversal, com 101 sujeitos com 60 anos ou mais, selecionados de um centre de especialidades médicas e entre visitas domiciliares aleatórias em Belo Horizonte-MG. O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do programa de Mestrado do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais. Os idosos foram divididos em 2 grupos: normotensos (pressão arterial-PA até 139/89mmHg) e hipertensos (PA > 139/89mmHg). Para avaliação da PA foi realizada a medida casual em consultório com aparelho eletrônico de braço devidamente validado. Para avaliação da CF foi utilizado o Teste de Marcha Estacionária de 2 minutos (TME2'). A antropometria foi avaliada a partir do índice de massa corporal (IMC), foram também analisadas doenças crônicas associadas e prática de atividades físicas. RESULTADOS: A idade média da amostra foi de 69,80 (DP+-7,55) variando entre 60 e 89 anos. Destes, 73 (72,3%) são mulheres. A hipertensão está presente em 41 (40,6%) dos indivíduos como também 54 (53,5%) de sobrepeso/obeso e 64 (63,4%) com outra doença crônica associada. O IMC com sobrepeso/obeso esteve proporcionalmente mais presente entre os hipertensos (63,4%) que entre os normotensos (46,7%), bem como nas variáveis AF (82,9% não praticavam entre os hipertensos, contra 75% dos que não praticavam entre os normotensos), bem como a presença de DCA (65,9% contra 61,7%). O TME2' mostrou melhor desempenho entre os normotensos (média=88,68, DP+-24,63) em relação aos hipertensos (média=78,41, DP+-25,78). CONCLUSÃO: Baixos níveis de CF, em especial, mobilidade funcional e capacidade cardiorrespiratória, se associaram com níveis elevados de pressão arterial nesse grupo bem como índices de IMC, sedentarismo e doenças crônicas associadas mostrou-se mais presente entre hipertensos comparativamente aos normotensos.