NÍVEL DE DEPENDÊNCIA FUNCIONAL EM IDOSOS RESTRITOS AO LAR ASSISTIDOS POR DUAS USF DE VITÓRIA - ES

Autores

  • Juliana Oliveira ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Beatriz Côco ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Gracielle Pampolim ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Vanezia Gonçalves da Silva ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Luciana Carrupt Machado Sogame ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM

Resumo

INTRODUÇÃO: A expectativa de vida da população vem aumentando a cada década. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está ocorrendo um importante processo de reestruturação demográfica. Para responder ao aumento da demanda da população idosa foi criada a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), que tem como foco a manutenção e recuperação da funcionalidade dos idosos, e aponta a Estratégia de Saúde da Família como porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) para esta população, uma vez que o processo de envelhecimento biológico ocorre de forma inevitável e é caracterizado por uma perda progressiva de funções sensoriais e motoras. Quando associado a doenças crônicas, esse processo pode afetar a funcionalidade, a mobilidade e a independência, dificultando o envelhecimento saudável e autônomo, podendo levar a restrição ao lar. Entretanto, para que seja prestada uma assistência adequada é necessário que as equipes de saúde conheçam o perfil sócio demográfico e o nível de dependência funcional dessa população. OBJETIVO: Verificar o nível de dependência funcional em idosos restritos ao lar assistidos pela Estratégia de Saúde da Família. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal com coleta de dados retrospectivos das USF de Santa Luiza e Itararé localizado no município de Vitória - ES, com amostra de conveniência de 208 idosos. Estes idosos foram submetidos a entrevista semiestruturada para caracterizar o perfil sócio demográfico e a avaliação funcional foi realizada através da escala Medida de Independência Funcional, sendo classificadas em: Dependência Total (18 pontos), Dependência Modificada A (19 a 60 pontos), Dependência Modificada B (61 a 103 pontos) e Independente (104 a 126 pontos). Os dados foram analisados descritivamente através do software Microsoft Excel. RESULTADO: Quanto ao perfil identificado nas amostras pesquisadas, encontramos que a maioria da população era do sexo feminino (78%), com idade média de 83,6 ± 7,87 anos; na faixa etária acima de 80 anos (72%); que se declaram brancos (74%); sendo viúvo (58%); analfabeto (21%) e com renda individual até 1 salário mínimo (37%), aposentado (64%); contribuindo ativamente para renda familiar (88%), com filhos (87%) e presença de cuidador (83%); passando a maior parte de sua vida na cidade (76%), coabitando em residências multigeracionais (60%) e dois moradores na residência (61%). Na avaliação da funcionalidade identificamos que 51% dos idosos não apresentaram dependência funcional, sendo 9% apresentavam dependência total, 18% dependência Modificada A, 21% dependência Modificada B e 51% eram independentes. CONCLUSÃO: O perfil sócio econômico e demográfico encontrado é semelhante ao disposto na literatura, quanto à prevalência do envelhecimento na população feminina e observamos que esses idosos são na realidade mais independentes quando se trata de idosos restritos ao lar.