QUALIDADE DE VIDA E AUTOESTIMA DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS NA HEMODIÁLISE

Autores

  • Fabio Correia Lima Nepomuceno FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA
  • Edson Vinicius de Oliveira FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA
  • Ivaldo Menezes de Melo Junior FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA
  • Márcia de Oliveira Delgado FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA
  • Rachel Cavalcanti Fonseca FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA

Resumo

INTRODUÇÃO: A Insuficiência renal crônica é caracterizada por perda progressiva e irreversível das funções bioquímicas e fisiológicas do sistema renal, nos dias atuais é considerada como um grande problema de saúde pública, e apresenta elevada taxa de morbidade e mortalidade. As repercussões sistêmicas da patologia e do tratamento compreendem a diminuição da capacidade funcional, atrofia muscular, fraqueza, fadiga e edema de membros, câimbras e outros, dificultando a realização das atividades de vida diária e posteriormente determinando a uma diminuição da qualidade de vida. Desta forma,questiona-se:será que a autoestima influência na qualidade de vida de pacientes renais crônicos em hemodiálise? São poucos os estudos que investigam a autoestima associada à qualidade de vida destes pacientes, o que justifica o presente trabalho. OBJETIVO: O objetivo geral deste estudo foi avaliar, utilizando instrumentos validados e confiáveis, se a percepção da autoestima influencia diretamente na qualidade de vida de pacientes com doença renal crônica submetido ao tratamento de hemodiálise. METODOLOGIA: O referido estudo um estudo de campo, de caráter descritivo, com abordagem quantitativa. O estudo foi realizado na instituição de Serviços Nefrológicos Fiúza Chaves ltda - NEFRUZA, localizada na cidade de João Pessoa - PB. O número da amostra foi composto por 30 pacientes diagnosticados com Insuficiência Renal Crônica que realizavam a hemodiálise como terapia substitutiva da função renal com idade entre 18 e 75 anos, de ambos os sexos, hemodinamicamente estáveis. Foram excluídos do estudo pessoas que não apresentassem maioridade legal ou idade superior a 65 anos, com instabilidades hemodinâmicas e comprometimento cognitivo por poder mascarar possíveis resultados. Para coleta de dados, os instrumentos utilizados foram relacionados à qualidade de vida bem como à saúde e a autoestima, respectivamente através do questionário KidneyDiseaseandQualityof Life (TM) Short Form (KDQOL-SF(TM) 1.3) e a Escala de Autoestima de Rosemberg. RESULTADO: Os resultados das avaliações da qualidade de vida relacionada à saúde obtiveram pontuações médias elevadas nos domínios: função sexual (94,3), apoio da equipe de diálise (86,2), função cognitiva (79,7), qualidade das interações sociais (78,8), função social (76,2) e função emocional (74,8). Verifica-se neste estudo que os domínios com escores menores foram à condição de trabalho (23,3), as limitações causadas por problemas de saúde emocional (40,0), o peso da doença renal (40,4), função física (44,1) e a percepção da saúde geral (47,00), demonstrando um maior comprometimento da qualidade de vida.Em relação à autoestima, 60% dos participantes apresentaram média autoestima, variando entre o sentimento de adequação ou inadequação, manifestando essa inconsistência no comportamento. A autoestima alta expressa um sentimento de confiança e competência, portanto, 27 % dos indivíduos apresentaram e 13% dos participantes com baixa autoestima que se caracteriza pelo sentimento de incompetência, de inadequação à vida e incapacidade de superação de desafios. CONCLUSÃO: Os instrumentos utilizados mostraram-se eficazes e contribuíram demonstrando que alguns aspectos da autoestima influenciam diretamente na qualidade de vida dos pacientes em hemodiálise.