REALIDADE VIRTUAL NA FUNÇÃO MOTORA DE MEMBROS INFERIORES PÓS-ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE)

Autores

  • Marcos Paulo Braz de Oliveira UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS (UNIFAL - MG)
  • Daiane Marques Ferreira UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS (UNIFAL - MG)
  • Andreia Maria Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS (UNIFAL - MG)
  • Carolina Kosour UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS (UNIFAL - MG)
  • Luciana Maria do Reis UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS (UNIFAL - MG)

Resumo

INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) pode gerar importantes alterações motoras. A realidade virtual (RV) voltada para reabilitação trazem benefícios em relação à aptidão física e equilíbrio, facilitando reorganização motora para ganho funcional. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi investigar o efeito da terapia por RV na função sensório-motora, descarga de peso no membro inferior afetado, no equilíbrio estático e dinâmico e mobilidade de indivíduos pós-AVE. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo clínico, quasi-experimental e prospectivo em 6 indivíduos com diagnóstico de AVE. Antes e após intervenção com Nintendo Wii Fit Plus os indivíduos foram avaliados pela Escala Fugl Meyer (EFM) para membros inferiores, Teste de Marcha (TM), Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), Timed Up and Go" (TUG) e Índice do Andar Dinâmico (IAD). Protocolo de 2 meses, 2 vezes por semana, totalizando 15 intervenções. Para análise estatística utilizou o teste Kolmogorov-Smirnov, teste t e Wilcoxon. Foi adotado p<0,05. O efeito foi classificado de acordo com Cohen (1988) e Power maior que 80%.". RESULTADO: Na EFM houve aumentos significativos com grande efeito e Power maior que 90% nos itens coordenação/velocidade (p=0,02; d=6,74; 100%) e sensibilidade (p=0,01). Nos itens extremidade inferior (p=0,65), total de função motora (p=0,18) e movimento articular passivo (p=0,37) não foram encontrados valores significativos. O TM apresentou aumento significativo no início da 1a sessão quando comparado ao início da 15a sessão (p= 0,03), com grande tamanho do efeito (d=1,96) e Power de 96%. Não foi observado significância ao final da sessão (p=0,12). A EEB (p=0,58), TUG (p=0,13) e IAD (p=0,07) não demonstraram resultados significativos. CONCLUSÃO: Estes resultados indicam eficácia da terapia por RV na melhora da função sensório-motora e descarga de peso no membro inferior afetado de indivíduos pós-AVE do estudo.