COORDENAÇÃO GLOBAL EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E COMUNITÁRIOS FREQUENTADORES DE CENTROS CONVIVÊNCIA

Autores

  • Naama Samai Costa Oliveira Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Thaiza Teixeira Xavier Nobre Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Vanessa Lopes Costa de Oliveira Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Luciana Araújo dos Reis Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Joyce Raquel Cândido de Medeiros Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Bartolomeu Fagundes de Lima Filho Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Maralice Eugênia Rocha Nunes Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Maria Luciana da Cunha Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Resumo

INTRODUÇÃO: a coordenação global permite o ser humano realizar movimentos amplos através das grandes cadeias musculares, como caminhar. O envelhecimento é um processo progressivo no qual há diversas alterações morfológicas, bioquímicas e funcionais, porém uma das mudanças mais significativas durante esse processo é o declínio da capacidade de movimento. A escala motora para a terceira idade (EMTI) avalia as seis áreas da motricidade humana, dentre elas, a coordenação global. OBJETIVOS: comparar a coordenação global de idosos institucionalizados com idosos comunitários frequentadores de centros de convivência. METODOLOGIA: trata-se de um estudo observacional de caráter transversal com abordagem quantitativa, realizado no mês de outubro de 2013, com uma amostra de 52 idosos de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 60 anos. Utilizou-se para a avaliação da coordenação global dos idosos a EMTI. Da amostra total de participantes, 37 são frequentadores do centro de convivência da terceira idade (CCTI) e 15 idosos são residentes na instituição de longa permanência (ILP) Monsenhor Paulo Herôncio. O teste motor foi agrupado em três categorias a partir do nível de dificuldade atingido, estando os níveis 2, 3 e 4 classificado na faixa dos inferiores, os níveis 5, 6 e 7 na faixa da normalidade e os níveis 8, 9, 10 e 11 na faixa dos superiores. Os dados foram submetidos à estatística descritiva e ao teste qui-quadrado no programa SPSS versão 20.0. O nível de significância empregado foi de 95% (p < 0.05). RESULTADOS: foi observado que no grupo de idosos frequentadores do CCTI a faixa etária predominante foi de 60 a 70 anos (54,1%), no grupo da ILP essa predominância se estabeleceu para a faixa etária de 81 a 94 anos (53,3%). Observou-se maior frequência de idosos do sexo feminino (51,4%) no grupo CCTI, diferente do grupo ILP que obteve maior percentual do sexo masculino (60%), embora essa diferença não seja significativa (p=0,45). A coordenação global (AM2) mostrou-se muito significante estatisticamente (p<0,001) entre os grupos, com 43,2% do grupo CC e 100% do grupo ILP predominando nos níveis de 2 a 4, apresentando classificação inferior à normalidade. Apenas idosos do grupo CC conseguiram alcançar os níveis de 5 a 7 (35,1%) classificados na faixa de normalidade e 8 a 11 (21,6%) na faixa de motricidade global superior. CONCLUSÃO: foi possível perceber que a coordenação global nos idosos frequentadores do centro de convivência da terceira idade apresentou níveis mais elevados, como os níveis na faixa de normalidade e na faixa de motricidade global superior, quando comparado com os idosos institucionalizados, que apresentaram apenas níveis de classificação inferior à normalidade.