SITUAÇÕES PREVALENTES DOS FATORES AMBIENTAIS SOBRE O DESEMPENHO DE IDOSOS NA COMUNIDADE

Autores

  • Tania Cristina Malezan Fleig UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL
  • Éboni Marília Reuter UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL
  • Miriam Beatris Froemming UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL
  • Lisiane Lisboa Carvalho UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL
  • Sabrina Guerreiro UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL
  • Cassio Henrique Züge UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL
  • Murilo Resende Oliveira UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

Resumo

INTRODUÇÃO: O comportamento funcional do idoso tem implicações importantes para a família, para a comunidade, para o sistema de saúde e para a vida do próprio idoso, uma vez que a incapacidade ocasiona maior vulnerabilidade e dependência na velhice. Conviver com as incapacidades implica reconhecer a capacidade e o desempenho nas situações cotidianas sob influência dos fatores externos, impostas pelo ambiente dentro ou fora de casa. OBJETIVO: Conhecer a relação das categorias e qualificadores de desempenho nos componentes de atividade e participação e dos fatores ambientais da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (ICF), como facilitador ou barreira, para os idosos que vivem na comunidade. METODOLOGIA: Estudo transversal, envolvendo 109 idosos assistidos nos campos de estágios em Fisioterapia na Saúde Coletiva junto a cinco Estratégias de Saúde da Família de Santa Cruz do Sul-RS. Um instrumento estruturado foi utilizado para a caracterização da amostra e um checklist clínico estendido da ICF para identificar as categorias e qualificadores, selecionados os domínios atividade e participação e fatores ambientais. Os dados foram analisados no SPSS (versão 20.0), sendo os resultados expressos em frequência relativa, média e desvio padrão (DP). RESULTADO: Os idosos apresentaram predominância do sexo feminino (66%) e média de idade de 71,4 (DP 8,0) anos. Em relação às categorias de atividade e participação da ICF, as de maior ocorrência foram: d220 (realizar tarefas múltiplas) com 40%, d450 (andar) com 45% e d640 (tarefas domésticas) com 35%, sendo o qualificador predominante 'dificuldade leve'. Em relação aos componentes de fatores ambientais as categorias: e110 (produtos e tecnologia para consumo pessoal) com 20%, e310 (família imediata) com 59% e e355 (profissionais da saúde) com 80% mostraram-se como facilitadores. As barreiras prevalentes foram: e225 (clima) com 11%, e410 (atitudes individuais de membros da família imediata) com 14%, destacando a categoria e155 (produtos e tecnologias usados em projetos, arquitetura e construção de edifícios de uso privado) com 22%. CONCLUSÃO: O checklist clínico estendido se mostrou um instrumento sensível para reconhecer o desempenho de idosos relacionando aos facilitadores que potencializam a funcionalidade, tendo o qualificador de dificuldade leve para as atividades identificadas como prevalentes e estas associadas às situações cotidianas. O mesmo se repete para as barreiras que persistem, provocando incapacidades nesta população.