SONOLÊNCIA DIURNA, QUALIDADE DO SONO E QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS

Autores

  • Anna Carolina Rocha Magalhães CENTRO UNIVERSITARIO DE ANAPOLIS
  • Débora de Freitas Duarte CENTRO UNIVERSITARIO DE ANAPOLIS
  • Elaine dos Santos Batista CENTRO UNIVERSITARIO DE ANAPOLIS
  • Juliana Aparecida de Souza CENTRO UNIVERSITARIO DE ANAPOLIS
  • Fabiane Alves de Carvalho Ribeiro CENTRO UNIVERSITARIO DE ANAPOLIS

Resumo

INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento ocasiona modificações na quantidade e qualidade do sono, as quais afetam mais da metade dos adultos acima de 65 anos de idade. As perturbações do sono podem provocar mudanças expressivas no funcionamento físico, ocupacional, cognitivo e social do indivíduo, além de comprometer substancialmente a qualidade de vida. OBJETIVO: Avaliar a sonolência diurna e a qualidade do sono em idosos e sua influência na qualidade de vida. METODOLOGIA: Tratou-se de uma pesquisa transversal, quantitativa e analítica. A pesquisa foi desenvolvida na Universidade Aberta da Terceira Idade do Centro Universitário de Anápolis, no período de abril a julho de 2016, após aprovação do Comitê de Ética (CAAE: 54710916.7.0000.5076). Para avaliação da sonolência diurna e da qualidade do sono, os idosos responderam a Escala de Sonolência de Epworth (ESE) e o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP), e para avaliação da qualidade de vida foi utilizado o instrumento WHOQOL-BREF. Foram realizados médias e desvio padrão das variáveis numéricas e frequência relativa e absoluta das variáveis categóricas. Os idosos foram divididos em grupos de acordo com a classificação da ESE e do IQSP, para comparação entre os grupos foi utilizado o Teste T de Student. RESULTADO: Foram avaliados 128 idosos, com média de idade de 69,1 ± 4,99 anos, sendo 17% (22) do sexo masculino e 83% (105) do sexo feminino. Ao avaliar a ESE, 29% (37) dos idosos apresentaram uma pontuação igual ou superior a 11 pontos, o que indica Sonolência Diurna Excessiva (SDE), já no IQSP 69,5% (89) dos idosos apresentaram pontuação superior a 5, o que indica sono de má qualidade. Ao comparar através da ESE o grupo de idosos (G1, n=91) que não apresentaram SDE, com os idosos (G2, n=37) que apresentaram SDE, observou-se menor média no domínio físico (G1 = 74,9 e G2 = 68,9; p = 0,03) do WHOQOL-BREF, entre os idosos com SDE. Utilizando o IQSP, ao comparar o grupo de idosos (G1A, n = 39) com boa qualidade de sono com o grupo que apresentou má qualidade de sono (G2A, n = 89), observou-se menor média no domínio físico (G1A = 81,5 e G2A = 70,1; p = 0,0001) e na qualidade de vida geral (G1A = 74 e G2A = 67,9; p = 0,01) do WHOQOL-BREF entre os idosos com má qualidade de sono. CONCLUSÃO: A ocorrência de sonolência diurna excessiva e a má qualidade do sono, caracterizadas pelo aumento da necessidade de cochilar durante o dia, nos momentos em que o idoso deveria estar alerta e ativo, provoca impacto negativo na qualidade de vida.