FATORES SOCIAIS E DE RISCO EM PACIENTES COM DEFICIÊNCIA CORONARIANA DA SANTA CASA DE CAMPO GRANDE - MS

Resumo

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares representam uma das maiores causas de mortalidade em todo o mundo. Hoje, mesmo nos países em desenvolvimento, com um maior controle das doenças infecto-parasitárias e consequente aumento da longevidade de suas populações, essa doença tem atingido um número cada vez maior de pessoas em uma faixa etária cada vez mais baixa. Os fatores de risco (FR) podem ser classificados em modificáveis e não modificáveis. Os últimos incluem idade, sexo, raça e história familiar de doença aterosclerótica. Os FR modificáveis, ou seja, aqueles sobre os quais o paciente e mesmo a equipe de saúde podem atuar, são dislipidemias, hipertensão arterial, tabagismo, diabetes mellitus, sedentarismo, estresse e obesidade. Sabe se que outros fatores de risco podem também estar associados ao desenvolvimento das doenças cardiovasculares. OBJETIVOS: Neste trabalho objetivou-se identificar as causas sociais da ocorrência de doenças cardiovasculares em pacientes internados na Santa Casa de Misericórdia em Campo Grande/MS; especificadamente em pacientes que possuem insuficiência coronariana, como objetivo principal conhecer fatores de risco associado a essas doenças e compreender os fatores interligados. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, envolvendo 30 pacientes com diagnostico de Insuficiência Coronariana. O estudo foi realizado na CTI-6/ Cardíaca na Associação Beneficente de Campo Grande - MS da Santa Casa com pacientes internados na CTI Cardíaca e na Unidade Coronariana, com diagnostico de insuficiência coronariana no período de janeiro a março de 2014. A coleta de dados foi através de formulário elaborado pelos autores, aplicado em horário e local pré-agendados, sem prejuízo da dinâmica das atividades. Os resultados foram expressos por meio de porcentagem. RESULTADOS: Identificou-se que a maioria dos pacientes são ou foram tabagistas durante um longo tempo, que a diabetes se apresenta como um grande fator de risco e que 75% dos entrevistados são Tabagistas, 52% tinham Diabetes Mellitus, 95% tinham histórico na família de doenças cardíacas, 95% dos entrevistados vivenciam situações de estresse, 86% apresentavam dislipidemia, 92% apresentavam Hipertensão Arterial, 90%, tinham modo de vida sedentária, apenas 5% eram obesos, e 86,66% disseram que nunca fizeram acompanhamento com cardiologista. CONCLUSÃO: Pode-se observar que a maioria dos pacientes entrevistados são suscetíveis a fatores sociais e de risco devido ao estilo de vida baseado nos seus hábitos diários, pois, os envolvidos em sua maioria são sedentários, diabéticos, já possuem fatores predisponentes na família, e o mais agravante é a ausência de instrução ou da necessidade de um acompanhamento adequado com um médico especialista mesmo na presença de sinais e sintomas da doença. Acreditamos que se faz necessário um programa de reeducação ou instrução para a população sobre o estilo de vida de cada indivíduo, uma atenção especial por parte dos profissionais, com programas que visam a educação em saúde, melhorando a base de entendimento sobre a doença, e esclarecendo dúvidas acerca do tema.