ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTE COM DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA EM UTI NEONATAL: RELATO DE CASO

Autores

  • Leilane Quaresma UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Clarice Bacelar UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Bruna da Silva UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Janayna Bispo UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Layla Souza UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Resumo

INTRODUÇÃO: A Doença da Membrana Hialina (DMH) ou Síndrome do Desconforto Respiratório Neonatal é uma das principais causas de falência respiratória e contribui para a elevada morbimortalidade dessa faixa etária. É um distúrbio associado à imaturidade estrutural pulmonar e à deficiência quantitativa e qualitativa do surfactante. Incide principalmente em recém-nascidos pré-termo resultando em alteração da complacência pulmonar, hipóxia progressiva e insuficiência respiratória. Prado (2012), Apresenta incidência inversamente proporcional à idade gestacional , sendo de pior evolução no sexo masculino. São acometidos 50% dos recém-nascidos (RN) com IG entre 26 e 28 semanas e 20 a 30% dos RN com idade gestacional entre 30 e 31 semanas. De todos os problemas respiratórios que afetam o RN, a DMH que afeta o caso clínico em questão, constitui um dos mais graves e frequentes, sendo causa de importante morbimortalidade durante a primeira semana de vida. Aproximadamente, 30% das causas de mortalidade neonatal se devem a DMH e suas complicações. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: RN nascido no dia 10/03, IGA 30+4, parto cesário por apresentação pélvica, incisão uterina em cima da placenta, de difícil extração. Nasceu hipotônico, com choro ausente e FC 70 bpm. Na sala de parto foi realizado aspiração de VAS, VPP, intubação TOT, reanimação com massagem cardíaca, adrenalina e 10 ml de SFO 9%. Após 16 minutos de reanimação e 3 doses de adrenalina, RN apresentou FC 130 bpm e foi transportado em incubadora para a UTIN. LA claro, APGAR 2/2/2, sexo masculino, peso 1370 g, 42 cm, PC 29.5, boletim de Silverman Andersen = 9 pontos. Mãe com 33 anos, G1P1C1A0, realizou 6 consultas pré-natais, fez uso de cefazolina (2 doses) e dexametasona (3 doses). RN foi diagnosticado com DMH e asfixia perinatal grave, com 2 horas de vida foi administrado surfactante, evoluindo de forma favorável. IMPACTOS: Na avaliação inicial encontrava-se em ventilação mecânica via TOT, SpO2 83%, com desconforto respiratório leve/moderado, FR 45irpm, sem edema, hipotérmico, pouco ativo, reativo ao exame, hipocorado, perfusão lenta, hidratado, anictérico, pele com equimose em membros (tocotraumatismo), AP com MV audível e creptos difusos. Com 4 dias de vida, RN apresentava melhora do quadro clínico, com parâmetros baixos, sem desconforto respiratório ou queda da saturação e reativo ao manuseio. Foi então realizado extubação eletiva, sendo transferido para VNI. No 5 dia de vida, o RN foi transferido para oxigenoterapia com Hood e depois em O2 livre, no qual foram realizados mobilização passiva de membros superiores e inferiores e hidratação das VAS. Com 7 dias de vida, RN encontrava-se em ventilação espontânea, em ar ambiente, eupnéico, acianótico, FC 137bpm, SpO2 97%, sem desconforto respiratório, acianótico e reativo ao manuseio. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A fisioterapia neonatal respiratória e motora demonstrou ser um procedimento terapêutico benéfico e adequado para o tratamento do neonato com a doença da membrana hialina.