ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO PÓS OPERATÓRIO DE CIRURGIA DE WHIPPLE

Autores

  • Bruna da Silva Sousa UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Leilane Maria Quaresma UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Cristina Rosa de Souza UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Vera Regina Fernandes da Silva Marães UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Resumo

INTRODUÇÃO: Atualmente, o câncer apresenta-se como uma das patologias mais evidenciadas cientificamente devido à sua alta prevalência e causa de mortalidade mundialmente. O câncer de pâncreas é responsável por aproximadamente 2% de todos os tipos de câncer com 4% total das mortes no Brasil, com maior incidência em homens, apresentando difícil detecção e diagnóstico possuindo comportamento progressivo ocasionando assim uma maior taxa de mortalidade. A cirurgia de Whipple ou duodenopancreatectomia é a a cirurgia mais realizada e indicada para o tratamento do câncer da cabeça do pâncreas, sendo que a sobrevida média após a cirurgia é cerca de 20% em 5 anos, e nos que realizaram somente quimioterapia não chega a 5% em cinco anos. Objetivos: Apresentar os efeitos benéficos do programa de reabilitação em paciente pós operatório de cirurgia de Whipple. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Paciente do sexo feminino, 46 anos, realizou cirurgia de Whipple, possui câncer de cabeça de pâncreas, apresenta quadro de hematoquezia e icterícia. A paciente foi submetido a uma ficha de avaliação com história pregressa e atual, sintomas, avaliação inicial diária anteriormente ao programa de reabilitação (PR) contendo inspeção respiratória avaliando-se força diafragmática, padrão respiratório e expansibilidade torácica, ausculta pulmonar, e avaliação de trombose venosa profunda. O PR apresentava durabilidade de aproximadamente 60 minutos, em que realizou-se mensurações da Pressão Arterial manualmente, Saturação de Oxigênio, e Frequência Cardíaca através do oxímetro, Frequencia Respiratória manual com auxílio do cronômetro (Phillips), e avaliação respiratória realizada manual e visualmente. Esses dados eram obtidos duas vezes durante o programa, sendo aumentado a frequência de obtenção durante os exercícios respiratórios quando necessário. A paciente realizou o treinamento por dois dias, sendo que a paciente precisava da melhora na troca gasosa para obtenção de alta. No primeiro dia de atendimento apresentava dor grau 3 na ferida operatória durante a noite e dor grau2 no abdômen anteriormente à sessão, relatando falta de ar e cansaço mensurado pela Escala de Percepção Subjetiva de Esforço de Borg (BORG) grau 5. IMPACTOS: Durante os atendimentos a paciente apresentou melhora na troca gasosa, alcançando elevação na saturação de oxigênio atingindo 99%, aumento da força diafragmática, modificação do padrão respiratório apical para diafragmático, e incremento da expansibilidade torácica. Após o primeiro atendimento, a paciente passou a deambular de forma independente, sem apresentar desequilíbrio, tontura ou enjoos. A paciente relatou melhora na disposição, e obteve redução significativa da dor segundo escala analógica de dor (EVA) na ferida operatório e abdômen. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo demonstrou que a fisioterapia realizada nos primeiros dias de pós operatório impactaram positivamente no sistema respiratório, acelerando a alta hospitalar da paciente em estudo.