CONSOLIDANDO OS PRINCÍPIOS DA ATENÇÃO BÁSICA ATRAVÉS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Ana Cláudia Barbosa IFRJ
  • Natália Correia da Silva Ramos IFRJ
  • Dayanne Catherine Martins Souza IFRJ
  • Lys Gomes Figueira Silva IFRJ
  • Vivian da Silva Martins IFRJ
  • Bárbara C de Miranda Esteves IFRJ
  • Carolina de Andrade Silva IFRJ
  • Juliana Verdini de C Pinheiro IFRJ

Resumo

INTRODUÇÃO: No curso de Fisioterapia/IFRJ o aluno realiza os Estágios Supervisionados em diferentes cenários de prática dos equipamentos do SUS, iniciando na Atenção Básica (AB) e seguindo para a média/alta complexidade. Neste relato citamos ações desenvolvidas em uma Clínica da Família da AP.5.1 do município do Rio de Janeiro no semestre 2016.1, articuladas aos princípios e práticas previstos na AB. Há quatro marcos norteando esta prática: 1. O Projeto Político Pedagógico, alinhado às Diretrizes Curriculares Nacionais; 2. A quebra do paradigma reabilitador, onde as atividades desenvolvidas na AB contemplam as tecnologias leves do cuidado à saúde; 3. A ideia de formar com e não para o SUS; 4. A produção de conhecimento, pela riqueza que a experiência do Sistema exige da formação conceitual e prática, e da troca entre a academia e o serviço. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Entre os meses de março e junho de 2016, acadêmicas de fisioterapia, sob supervisão de uma docente fisioterapeuta do IFRJ, realizaram uma série de atividades no campo de estágio, junto ao NASF, que aqui serão vinculadas a alguns preceitos da AB:1.Apoio Matricial: com apoio de um grupo de pesquisa do IFRJ, desenvolveu-se um programa de Estimulação Essencial voltado para os bebês de risco, em particular os portadores de sequelas da microcefalia. A capacitação para o atendimento aos bebês, os materiais de apoio e a ficha de avaliação, foram revistas/organizadas pela equipe de estágio, em parceria com o NASF.2.Ação Interdisciplinar e Intersetorial: o projeto Rotina Infantil foi realizado em uma escola do entorno da Unidade, com a fonoaudióloga e a nutricionista do NASF, possibilitando diferentes abordagens na saúde do escolar, com diferentes visões profissionais.3.Gestão das Equipes: o grupo se apropriou do manejo do VitaCare (Sistema de Informação e Comunicação), e participou regularmente das reuniões de uma das equipes da Unidade.4.Humanização do Trabalho: a ação Cuidando de quem cuida teve por objetivo a atenção aos trabalhadores da Unidade através de sessões de 50´ de massoterapia e relaxamento, além de orientações sobre autocuidado.5.Projeto Terapêutico Singular: propostos pela equipe NASF quando identificados casos nas Visitas Domiciliares que mereciam maior atenção.6.Educação Popular e Promoção da Saúde - a equipe participou de cinco grupos, elaborando cartilhas e materiais informativos, além de uma ação pontual, na Vigilância do Pé Diabético. IMPACTOS: São de diferentes ordens, para cada um dos atores envolvidos: maior articulação Ensino-Serviço; formação voltada para o SUS a partir da compreensão do funcionamento do Sistema por dentro dele; práticas efetivas de aprendizado do trabalho em equipe interdisciplinar; conhecimento do sistema de informação e comunicação do município; compreensão das relações e das tensões no mundo do trabalho em saúde; conhecimento da realidade do usuário do serviço, entre outros. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observa-se que a presença da equipe do IFRJ representa um diferencial no cotidiano de todo o serviço, não apenas para as ações da fisioterapia do NASF. Envolve além dos trabalhadores da Estratégia, os usuários, que fazem maior vínculo com a equipe, o que potencializa as intervenções propostas.