DOR GLÚTEA PROFUNDA/ SÍNDROME DO PIRIFORME - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Elaine Rodrigues Ismael UNIVERSIDADE POSITIVO
  • Rúbia Marcia Benatti UNIVERSIDADE POSITIVO

Resumo

INTRODUÇÃO: Na síndrome da dor glútea, a dor origina-se de estruturas glúteas propriamente ditas, mas também da coluna lombossacra, da articulação sacroilíaca do quadril. A síndrome do piriforme é descrita como dor glútea associada a ciatalgia secundária à compressão do nervo ciático pelo músculo piriforme, causando dores nas nádegas e nos músculos isquiotibiais. Casos de tendinopatia crônica ou lesões traumáticas extensas podem cursar com ciatalgia por irritação química ou efeito de compressão extrínseca do nervo ciático pelo hematoma. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Em atendimento clínico ambulatorial, da Universidade Positivo, paciente E.G, 41 anos, procurou a fisioterapia com queixa principal de dor pontual em região isquiotibial (inserção). História começou em outubro de 2014, a lesão aconteceu em jogo de futebol, desde então sente dores frequentes na região posterior da coxa que se agravaram com os movimentos do trabalho, neste período foi mudado de setor onde, tinha que empurrar uma carga pesada, após quatro meses passou a ter dores em região glútea esquerda. Refere dor do tipo pontada com irradiação e formigamento para posterior da coxa. Foi diagnosticado com lesão do glúteo mínimo e isquiotibiais. Realiza fisioterapia no período de 1 ano. Os objetivos para resolução da lesão foram: redução da dor e inflamação para recuperação tecidual, restauração da ADM livre da dor para melhorar a qualidade de AVD´s e AVP´s, manutenção da mobilidade para prevenir fibrose articular, manutenção e melhora da força muscular do CORE e MMII para manter a função, capacidade e controle muscular, orientações para prevenção do mecanismo de lesão, manutenção do comprimento muscular e prevenção de novas complicações. IMPACTOS: Foi aplicado como parte do programa de tratamento exercícios de fortalecimento do CORE, alongamentos globais, pompage, propriocepção, relaxamento, fortalecimento de musculaturas específicas, eletrotermofototerapia, manutenção da postura e estabilização lombrossacra; e como resultados houve melhora da marcha, redução da dor, ausência de espasmos musculares, melhora da goniometria, diminuição do processo inflamatório e reparo tecidual do tendão do glúteo mínimo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A investigação da dor glútea requer ampla investigação e conhecimentos diagnósticos diferentes em pacientes com queixa de ciatalgia. Como o caso E.G, que estava sendo tratado anteriormente e não houve melhoras; por meio do diagnóstico correto podemos aperfeiçoar o tratamento e acelerar o retorno do paciente as atividades de vida diária e profissionais. Podemos verificar a eficácia na intervenção terapêutica. O ambulatório constrói nos alunos a responsabilidade, comprometimento e realização. O estágio aproxima os alunos ao setor da saúde, incentiva a participação no crescimento e o desenvolvimento.