ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE DPOC COM USUÁRIOS DO PROGRAMA DE CONTROLE DE TAGABISMO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Jéssica de Souza Venturine IFRJ - CAMPUS REALENGO
  • Nathália Duarte Almeida IFRJ - CAMPUS REALENGO
  • Karla Kristine Dames da Silva IFRJ - CAMPUS REALENGO
  • Juliana Veiga Cavalcanti IFRJ - CAMPUS REALENGO

Resumo

INTRODUÇÃO: As ações de promoção e de educação em saúde devem contar com a participação ativa dos usuários dos serviços de saúde, a Política Nacional de Atenção Básica preconiza o estímulo a participação dos usuários como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde. As estratégias ativas de aprendizagem tem uma abordagem humanista e sócio-interacionista, com enfoque predominantemente no sujeito, onde o professor cria situações para que os alunos aprendam o conteúdo reconstruindo as próprias experiências. O fumo é o maior produto tóxico que o ser humano introduz no organismo, o tabagismo é certamente o mais comum dos fatores de risco encontrados para DPOC. O objetivo desse trabalho é relatar o processo ocorrido numa proposta de educação em saúde, que teve foco na utilização de estratégias de aprendizagem para promover educação em saúde sobre DPOC que possibilitassem maior aproximação com o cotidiano dos usuários do SUS. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A intervenção educativa foi realizada em uma unidade de atenção básica Clínica da Família localizada no Rio de Janeiro. Participaram homens e mulheres sem restrição de idade que participavam do Programa de Controle do Tabagismo. Os usuários responderam antes e após a intervenção educativa um questionário sobre qualidade de vida específico para doenças respiratórias e um sobre nível de conhecimento sobre DPOC. Ocorreram quatro encontros, cada um com um tema diferente, envolvendo tabagismo e DPOC. Esses encontros foram divididos em três momentos: No primeiro momento uma roda de conversa sobre o tema anterior e conhecimentos básicos sobre o tema do dia; no segundo momento uma dramatização utilizando práticas comuns do cotidiano dos usuários para exemplificar conceitos, enfrentamentos e dificuldades no controle do tabagismo e no diagnóstico e manejo de DPOC. No terceiro momento acontecia uma oficina de produção onde os usuários utilizavam uma técnica proposta para reproduzir o discutido no encontro, como uma estratégia de afirmação da aprendizagem. IMPACTOS: Logo no primeiro encontro os usuários se demonstraram muito próximos as cenas da dramatização, rendendo bons elementos para discussão nas rodas de conversa e troca de experiências. Outro ponto que merece destaque foi a produção dos usuários ao fim dos encontros, os usuários demonstraram satisfação em construir produtos a partir dos seus conhecimentos, sempre compartilhando suas ideias ao realizar o processo de produção. Apesar da adesão dos usuários não ter sido integral durante os encontros, eles mostraram sua evolução nas discussões e na forma de expressar suas dúvidas e experiências. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A educação em saúde nos espaços da Atenção Básica é uma tarefa árdua e complexa, mas a possibilidade de abrir espaços para o diálogo e concretização de projetos para a melhoria da saúde da população é uma necessidade. O caráter transformador dessas práticas pode ser observado nas falas dos usuários durante esse tipo de proposta, além do fortalecimento e desenvolvimento do trabalho coletivo, das formas de expressão e do reforço dos laços entre os usuários e os profissionais de saúde, prioritariamente quando o usuário é diretamente implicado no processo educativo sendo o protagonista da construção do seu conhecimento.