MOBILIZAÇÃO PRECOCE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO DE FISIOTERAPIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES (HUOL)

Autores

  • Catharinne Angélica Carvalho de Farias HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
  • Daniel Antunes de Oliveira HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
  • Louise Gabriella Lopes de Macêdo Ferreira HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
  • Fagna Maria de Andrade e Silva HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
  • Ana Michele Araújo de Paiva HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
  • Jackson Cláudio Costa de Lima HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
  • Robson Alves da Silva HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES

Resumo

INTRODUÇÃO: A unidade de terapia intensiva (UTI) é o local destinado a internação de doentes graves, que necessitam de forma contínua de atenção profissional, material e tecnológico necessário ao diagnóstico, monitorização e terapia. O internamento destes pacientes na UTI pode provocar complicações sistêmicas e interferir diretamente na qualidade de vida após a alta hospitalar. Há décadas os efeitos nocivos do imobilismo prolongado no leito vem sendo relatado, não obstante ainda se trata de um problema frequente podendo influenciar na recuperação de doenças, contribuir para o aparecimento de fraqueza muscular respiratória e periférica e aumento do tempo de permanência na UTI. A Mobilização precoce (MP) é uma terapia que traz benefícios físicos, psicológicos e minimiza as complicações da hospitalização prolongada, reduzindo a incidência de doenças pulmonares, acelerando a recuperação e favorecendo o desmame da ventilação mecânica. O termo precoce está inerente a terapia que acontece imediatamente após estabilização clínica do paciente, objetivando a manutenção e posterior ganho de força e funcionalidade do paciente. A mobilização precoce é uma forma de intervenção que objetiva melhorar a qualidade de vida dos doentes e reduzir os custos de cuidados de saúde dos pacientes críticos. Na UTI, essa intervenção é aplicada com a intenção de manter ou restabelecer a força e a função musculoesquelética, e assim potencialmente melhorar os resultados funcionais centrados no paciente. Além do exercício ativo e transferências, o cicloergômetro e a estimulação elétrica neuromuscular se integram ao protocolo de atendimento. A cinesioterapia inclui a mobilização passiva e ativa no leito com consequente progressão para sedestação à beira do leito, ortostatismo, transferência para poltrona e deambulação, interferindo não só na recuperação da função física, mas também no bem-estar emocional. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Na UTI do Hospital Onofre Lopes, a mobilização precoce é realizada com pacientes admitidos em ventilação mecânica por mais de 48 horas. O protocolo de atendimento é dividido em estágios e aplicados aos quatro membros. IMPACTOS: Os pacientes passam por sessões de alongamento e mobilização passiva, exercício de flexoextensão de ombro, cotovelo e punho, quadril, joelho e tornozelos, exercício ativo-assistido em tríplice-flexão de membros superiores e membros inferiores; eletroestimulação neuromuscular (EENM); sentar o paciente a beira do leito; e equilíbrio de tronco sentado, exercício ativo-livre em tríplice-flexão de membros superiores e membros inferiores; cicloergometria de membros inferiores por 20 minutos; transferência do paciente para poltrona, posição ortostática, marcha estacionária e deambulação, sem distância definida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É importante salientar que os pacientes são avaliados diariamente para ser observado a evolução clínica e possibilitar progressão do tratamento.