ANÁLISE DAS FAMÍLIAS EM RISCO: PESQUISA-AÇÃO DO PET SAÚDE NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO BAIRRO NORDESTE, EM NATAL-RN

Autores

  • Mayane Letícia de Carvalho Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Lorena Maria Araújo Marinheiro Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Arthur Magno Medeiros de Araújo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Lana Karen Avelino Cardoso Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Mayara Janyara do Rego Barreto Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Rosemary Araújo Monteiro Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Marise Soares almeida Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Jaqueline Fernandes Pontes Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Resumo

INTRODUÇÃO: A Estratégia de Saúde Familiar visa à promoção de saúde, prevenção de doenças e cuidado às doenças crônicas, com base no território de abrangência das nas Unidades de Saúde da Família (USF). Devido à demanda aumentada encontrada na maioria das USF, torna-se evidente a necessidade de um instrumento que possibilite priorizar as visitas domiciliares como ação indispensável dentro do processo de trabalho das equipes multiprofissionais. Diante disso, viu-se a necessidade de diferenciar as famílias das áreas adstritas da USF do Bairro Nordeste de acordo com a prioridade de atendimento no domicílio, determinada com o auxílio do Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB). OBJETIVOS: Este estudo foi realizado no primeiro semestre de 2014, com estudantes da disciplina DCS 0063/UFRN - ATIVIDADE INTERATIVA INTERDISCIPLINAR II; preceptores, monitores e tutores participantes do Programa PET SAÚDE/MS-BRASIL. Com o objetivo de estabelecer prioridades na visita domiciliar, que pudessem facilitar aos profissionais da USF Bairro Nordeste a organização de ações de enfrentamento. Utilizou-se a conhecida Escala Coelho. METODOLOGIA: A Escala Coelho baseia-se na Ficha A do SIAB e abrange sentinelas que apontam o risco em que cada família está inserida. A escala possui uma lista de indicadores com escores, que quando somados indicam: menor que 5 - risco 0 (zero); entre 5 e 6 - risco 1; entre 7 e 8 - risco 2; e maior ou igual a 9 - risco 3. Obtendo, assim, a classificação do risco familiar em: R0 = sem risco; R1 = menor risco; R2 = risco médio; e R3 = risco máximo. A escolha destas microáreas foi aleatória, aplicou-se a Escala de Coelho nos domicílios em que as agentes de saúde se fizeram presente. RESULTADOS: Foram analisadas no total 1.266 famílias. A classificação de risco foi realizada em nove microáreas, sendo três pertencentes à área 64 (microáreas 1, 3 e 4), outras três na área 65 (microáreas 1, 3 e 5), uma na área 66 (microárea 4) e duas na área 67 (microáreas 2 e 3). O mapeamento evidenciou um considerável número de famílias na iminência de adentrar para o risco 3, mas que ainda se mantinham no risco 2. CONCLUSÃO: A Escala de Coelho mostrou-se uma importante ferramenta para o planejamento e organização das intervenções da equipe de saúde no território. A sistematização das atividades de campo e o manejo dos dados coletados reafirmou a importância do ensino tutorial e das metodologias ativas de ensino aprendizagem, que em muito contribuíram para formação dos estudantes dos diversos cursos de graduação da UFRN, envolvidos com o PET-Saúde.