VENCENDO LIMITES E PRECONCEITOS - ATIVIDADES PROMOVIDAS POR EQUIPE MULTIDISCIPLINAR PARA AMPUTADOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Ana Maria Barbosa Damasceno UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS CAMPUS BARBACENA - UNIPAC
  • Suely Gomes Tavares UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS CAMPUS BARBACENA - UNIPAC
  • Ana Ribeiro Pinto UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS CAMPUS BARBACENA - UNIPAC
  • Eurico Peixoto César UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS CAMPUS BARBACENA - UNIPAC
  • Kênnia Rodrigues Nezio Azevedo UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS CAMPUS BARBACENA - UNIPAC
  • Flávio Maluf Caldas UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS CAMPUS BARBACENA - UNIPAC
  • Patrícia Maria de Melo Carvalho UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS CAMPUS BARBACENA - UNIPAC

Resumo

INTRODUÇÃO: A amputação defini-se como a retirada cirúrgica - total ou parcial de um membro transtorno e difícil aceitação para a maioria dos pacientes. Os indivíduos e familiares envolvidos neste processo não têm conhecimento aprofundado no assunto e associam a amputação ao terror, à derrota e à mutilação relacionando tal fato a uma incapacidade ou dependência. A amputação pode gerar alterações estéticas, funcionais, emocionais, sociais, econômicas e psicológicas, além de influenciar negativamente na recuperação destes indivíduos. Durante a fase de reabilitação, principalmente no caso de amputações de membros inferiores, é necessário que os pacientes aprendam a adaptar seu padrão de marcha às atividades diárias para usufruir da prótese posteriormente. A velocidade de caminhada confortável de indivíduos protetizados é bem menor se comparada àquela apresentada por indivíduos com marcha normal, sendo necessário estímulos de atividades aos amputados neste contexto. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A equipe multidisciplinar da Clínca Escola Vera Tamm de Andrada, em Barbacena, organizou uma manhã de atividades específicas para amputados, com o intuito de fornecer meios para que eles pudessem vencer limites e elevar a sua auto-estima. O Curso de Educação Física promoveu atividades de aquecimento e alongamento antes do início de uma caminhada e um momento de recreação com uma cama elástica ao final do evento. O Curso de Fisioterapia, que acompanha semanalmente os amputados nos atendimentos, organizou a caminhada orientada e realizou também atividades de respiração e postura, que foram adequadas às necessidades do público alvo. A Nutrição preparou um lanche adequado voltado aos ajustes metabólicos promovidos pela demanda das atividades. O curso de Farmácia orientou sobre a prevenção do câncer de pele por meio do uso racional de protetores solares, e o Curso de Psicologia atuou na abordagem primordial da meta do evento, que foi encorajar os amputados a realizarem as atividades e vencer os limites que lhes eram impostos. IMPACTOS: Foi possível perceber as expressões faciais dos amputados ao percorrerem o trajeto estipulado, de acordo com as condições físicas de cada um; quando convidados a participarem das atividades na cama elástica, o medo, a curiosidade e a vontade de vencer mais um limite foram fatores destacados (de início a dificuldade era visível, mas quando percebiam que conseguiriam realizar tal feito, as habilidades eram desenvolvidas). Um dos amputados chegou a treinar alguns saltos mortais, o que deixou todos os envolvidos emocionados e surpresos ao perceberem na prática a capacidades deste. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Tendo em vista que no Brasil o número de amputações vem aumentando - principalmente em decorrência de traumas, doenças crônicas como diabetes e doenças circulatórias - há uma maior necessidade de pesquisas e projetos que envolvam esses indivíduos. A avaliação da tolerância ao exercício físico, bem como o desenvolvimento de situações que permitam ao amputado vencer limites e preconceitos, são fatores importantes dentro do processo de reabilitação.