ANÁLISE DA PRECEPTORIA NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISIONAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO DE FISIOTERAPIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES (HUOL)

Autores

  • Catharinne Angélica Carvalho de Farias HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
  • Joceline Cássia Ferenzine Sá HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
  • Louziane Karina Tavares de Sousa Teixeira HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES

Resumo

INTRODUÇÃO: Em 2007 foram definidas as novas diretrizes e estratégias para a implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, com base nas diretrizes operacionais e regulamento do Pacto pela Saúde. No âmbito das discussões sobre essa política, a integração teoria-prática tem sido preconizada como componente fundamental para promover mudanças na forma de ensinar e aprender no campo da saúde no Brasil. A inserção dos alunos na rede de assistência traz para debate algumas questões de ordem pedagógica, na medida em que pressupõe um trabalho de mediação entre teoria e prática a ser realizado por docentes das instituições formadoras e também por tutores ou colaboradores -- trabalhadores das unidades de saúde --, que possam atuar como preceptores desses alunos. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Este estudo analisou os resultados das avaliações produzidas pelos 11 preceptores e 7 residentes da residência multidisciplinar (foco na Fisioterapia) do Hospital Universitário Onofre Lopes-UFRN no primeiro semestre de 2016. Com o objetivo de identificar as interpretações pessoais da prática da preceptoria pelos preceptores (auto avaliação) e pelos residentes, trazemos aqui o relato de nossa experiência, onde para avaliar as diferenças observadas entre residentes e preceptores utilizamos um questionário composto por 19 perguntas, onde havia 5 opções de resposta (nunca, raramente, às vezes, quase sempre e sempre), tendo o material trabalhado como característica de ser um recurso potencial para análise e avaliação da experiência de formação pedagógica dos participantes. Posteriormente, foi realizado a análise descritiva dos resultados e realizado a comparação entre a visão dos preceptores e dos residentes sobre cada item do questionário. IMPACTOS: Neste contexto, identificamos que 68,4% das questões apresentam discordância entre a visão do preceptor e o residente, 10,5% apresentaram concordância parcial e 21,1% mostraram concordância real entre preceptores e residentes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A análise nos possibilitou não só identificar as concepções de educação e de saúde assumidas pelos profissionais e residentes, mas a maneira com a qual eles se apropriam desses conteúdos, sendo utilizado para implementar ações de educação permanente no intuito de reduzir as diferenças observadas, para que haja uma apropriação de técnicas de ensino e de avaliação, além da valorização da função do preceptor e a mobilização das capacidades individuais e sociais de transformação das práticas assistenciais e educacionais.