FISIOTERAPIA E A VIGILÂNCIA EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE COLETIVA

Autores

  • Rayssa Louza Cruz Maria do Socorro Rocha Sarmento UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

Resumo

INTRODUÇÃO: A Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (FESP) em parceria com o Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA) e a Secretaria Municipal de Saúde de Palmas (SEMUS) proporcionaram ao município, em março de 2014, o ingresso da primeira turma do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva com ênfase em Vigilância em Saúde, composta por uma profissional da enfermagem, uma da psicologia e da fisioterapia. Diante disto, o presente trabalho, de caráter descritivo, relata a experiência da fisioterapeuta residente na Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Palmas -TO durante dois anos de residência multiprofissional em saúde coletiva. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Conforme programado, a Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) da Secretaria Municipal de Saúde de Palmas - TO foi o campo de prática para os residentes de Saúde Coletiva, de forma que proporcionasse a vivência em diversos áreas da vigilância.No decorrer da residência, a vigilância epidemiológica tornou-se o principal cenário de prática, interagindo com as demais vigilâncias em ações específicas, como por exemplo, campanhas, reuniões e discussão de casos. Em Palmas, essa Gerência de Vigilância Epidemiológica (GVE) é dividida em coordenações que são compostas por Áreas Técnicas. Cada residente da Saúde Coletiva foi alocada em uma área técnica de forma que contribuísse nos processos de trabalho, vivenciando o trabalho multiprofissional e interdisciplinar, e implementando ações de intervenção. A Fisioterapeuta foi inserida na Área Técnica da Hanseníase, onde pode contribuir de maior forma e evoluir com a proposta da residência. IMPACTOS: Entre as ações realizadas junto com a área técnica é possível destacar a capacitação de médicos e enfermeiros da Atenção Básica e Fisioterapeutas da Atenção Espnecializada acerca da doença, prevenção, diagnóstico e tratamento, e reestruturação do fluxograma da Hanseníase. Foram realizadas visitas técnicas nas Unidades Básicas de Saúde, ocorrendo a supervisão de prontuários, discussão de casos, orientações sobre o correto preenchimento das fichas de notificações e dos instrumentos de acompanhamento dos pacientes e momentos de tirar dúvidas com toda a equipe. Nesses encontros os profissionais eram orientados e instigados a promoverem grupos de Autocuidado com seus pacientes, de forma que pudessem ainda aproximar os laços profissionais e pacientes.Em relação a vivência em outros campos, ocorreram plantões nos Núcleos de Vigilância das Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) de Palmas, acompanhando a rotina e fluxos das notificações, além de conhecer a realidade e dificuldades da Urgência e Emergência em relação as demandas da GVE. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do exposto, percebe-se que a participação do fisioterapeuta na vigilância em saúde, é imprescindível, bem como na saúde pública, em todos os níveis, visto que esse profissional encontra-se habilitado para desenvolver diversas ações, sem perder a sua relevância na reabilitação, podendo participar das equipes multiprofissionais destinadas ao planejamento, implementação, controle e execução de programas e projetos de ações em de vigilância em saúde.