PENSANDO INTEGRALIDADE E INTERDISCIPLINARIDADE COM A ABORDAGEM DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS COMPLEMENTARES EM SAÚDE EM UMA UNIVERSIDADE DO SUL DO BRASIL

Autores

  • Jorge Luiz de Andrade Trindade UNIVERSIDADE FEEVALE
  • Lívia Biasuz Machado UNIVERSIDADE FEEVALE
  • Marielly de Moraes UNIVERSIDADE FEEVALE

Resumo

INTRODUÇÃO: As práticas integrativas e complementares em saúde, compreendem uma política nacional cada vez mais evidente no cenário da atenção à saúde pública do país. Estas envolvem diferentes formas de abordagens terapêuticas e preventivas reconhecidas em sua aplicação e promoção da saúde, fomentando aspectos culturais no cuidado e nas concepções de saúde/adoecimento, como a fitoterapia, acupuntura... Assim, as políticas nacionais das práticas integrativas e complementares (PNPIC), corroboram para a integralidade da assistência, princípio este de interação às ações e serviços do Sistema único de Saúde (SUS). Dessa forma, a sua implantação pressupõe a necessidade de preparar profissionais e futuros profissionais de forma reflexiva e critica com o objetivo de garantir a prevenção de agravos, a promoção e a recuperação da saúde, com ênfase na atenção básica, além de propor o cuidado continuado, humanizado e integral em saúde, contribuindo com o aumento da resolubilidade do sistema, com qualidade, eficácia, eficiência, segurança, sustentabilidade, controle e participação social. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Em março de 2016, em uma universidade no sul do Brasil, foi realizado uma aula aberta, promovida por professores das disciplinas Saúde pública e Saúde Coletiva sobre o tema; em interação com diversos cursos de saúde da instituição. A dinâmica da aula, baseada em metodologias ativas, contemplou a realização de uma organização que envolveu a participação de profissionais que trabalham com práticas diversas: Yoga, Aromaterapia, Reiki, Plantas medicinais, Pindas, Cromoterapia, Florais de Bach e Quiropraxia; e acadêmicos dos cursos de Fisioterapia, Enfermagem, Quiropraxia Farmácia, Nutrição, Biomedicina, Educação Física e Estética e Cosmética. Inicialmente foram entregues fichas coloridas aos alunos em sua chegada. Na sequência, foi apresentado o conceito das PNPICS e organizados grupos com estudantes de distintos cursos nas tendas de práticas de acordo com a cor correspondente a sua ficha. Os acadêmicos foram instigados a discutir sobre os instrumentos e/ou elementos decorativos de cada tenda e identificar ao final da discussão o profissional da prática. A partir daí experienciaram as práticas e por fim apresentaram ao grande grupo suas experiências na tenda e o que compreendeu à prática vivenciada. O evento foi encerrado com uma roda de conversa sobre as práticas com os profissionais convidados mediada pelos professores. IMPACTOS: A condução de uma aula aberta sobre o PNPIC, trouxe reflexões e a demonstração de satisfação por parte dos participantes. Grande parte dos participantes desconhecia e/ou nunca havia entrado em contato com as práticas; e evidenciou interesse em seu aprofundamento. Isto pode ser observado inclusive por meio da avaliação final, onde os acadêmicos e profissionais expressaram por escrito e sem identificação, a sua percepção sobre o encontro. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Aulas abertas, com alunos de graduação tanto da saúde com o objetivo do exercício da interdisciplinaridade como de outras áreas na discussão da prática intersetorial, são formas de instigar a efetivação de um sistema de saúde cada vez mais forte com profissionais apropriados das políticas de seu país. Em especial, aquelas que promovem a discussão e reflexão sobre a saúde de usuários em ambientes de pluralidade formativa e com o intuito de legitimar a atenção primária no SUS.