PERFIL DE UM GRUPO DE DIABÉTICOS DE UM MUNICÍPIO DO NORDESTE BRASILEIRO

Autores

  • Chaiany Joyce Dantas Palhares Fonseca Gomes Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Débora Cristina De Oliveira Cassiano Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Samara Natani Fontoura Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Luís Cesar de Medeiros Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Marcello Barbosa Otoni Gonçalves Guedes Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Johnnatans Mikael Lopes Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Javier Jerez-Roing Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Thais Sousa Rodrigues Guedes Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Resumo

INTRODUÇÃO: A Diabetes Melitus (DM) é vista como problema de saúde pública que vêm crescendo rapidamente. A diabetes está associada a complicações que comprometem a produtividade, a qualidade de vida e a sobrevida dos indivíduos. A diabetes tem complicações e consequências em diferentes sistemas e órgãos do organismo e também aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral, onde essas são as principais complicações responsáveis por 50% das mortes em diabéticos. OBJETIVOS: Determinar o perfil de um grupo de diabéticos com relação a variáveis antropométricas, idade, pressão arterial, níveis glicêmicos, suas percepções e ações frente ao quadro da doença. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal observacional, realizado no município de Santa Cruz-RN por docentes e discentes da UFRN/FACISA no mês de maio de 2014. Foram avaliados 30 diabéticos dos tipos I e II com relação às variáveis antropométricas, idade, medida casual da glicemia, pressão arterial, suas percepções e ações frente ao quadro da doença. Foi elaborado um questionário semiestruturado com perguntas feitas com relação à monitorização da glicemia, aos horários e percepções da qualidade da alimentação, prática de atividade física, bem como sobre a percepção do autocontrole sobre fatores psicossomáticos como estresse e ansiedade. Os dados foram tabulados no programa Microsoft Excel e foram analisados descritivamente na forma de média e desvio padrão para as variáveis contínuas e porcentagem para as categóricas. RESULTADOS: Neste estudo participaram 14 mulheres e 16 homens. As idades variaram de 27 a 98 anos, com média de 67,87 anos. Com relação ao Índice de Massa Corporal (IMC) 77% dos diabéticos apresentou IMC com sobrepeso ou obeso. A pressão arterial sistólica média foi de 140,63mmHg e pressão arterial diastólica foi de 80,33mmHg, sendo, portanto, ligeiramente mais elevada que o normal considerado pela Sociedade Brasileira de Hipertensão. A média da medida casual foi de 170,77mg/dL, bem acima da referência ideal de 140mg/dL da medida pós prandial. Quanto às ações e percepções frente ao quadro da doença temos: somente 23% monitoram sua glicemia frequentemente e apenas 13% verificam mais de uma vez ao dia, somente 27% praticam atividade física regularmente, apenas 33% dizem controlar bem estresse e ansiedade. Em contrapartida, 87% avaliam sua alimentação como adequada e 80% relatam se alimentar em intervalos regulares. CONCLUSÃO: Os diabéticos avaliados apresentaram níveis elevados de glicemia, pressão arterial e IMC. A maior parte deles não monitora sua glicemia de forma apropriada, não praticam atividade física regularmente e não controlam adequadamente condições psicossomáticas, fatores estes que podem interferir negativamente no quadro geral da patologia e de saúde. Muitos têm a percepção errada de manterem uma alimentação correta, o que contradiz os resultados inadequados de glicemia e IMC da amostra estudada.