PROJETO TODOS PARAPRAIA E O GANHO SOCIAL PARA A FISIOTERAPIA

Autores

  • Luciana Oliveira Rangel Pinheiro ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PUBLICA
  • Luciana Bilitario Macedo ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PUBLICA
  • Cristiane Maria Carvalho Costa Dias ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PUBLICA

Resumo

INTRODUÇÃO: Nas praias da cidade de Salvador desde 2014, o projeto "Todos Parapraia", em parceria com o poder público e a iniciativa privada, representa de forma integral como vivenciar experiências pautadas nos princípios fundamentais da inclusão social. O projeto considera que acessibilidade é fundamental para facilitar a participação ativa do banhista com mobilidade reduzida, especialmente nos momentos de lazer, que são fundamentais para qualidade de vida do cidadão. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Com o objetivo de oferecer equipamentos e tecnologias para que indivíduos com limitação física possam usufruir da praia e do banho de mar com segurança e dignidade, foi reunida uma equipe de banhistas com limitações físicas, cuidadores, docentes e discentes do curso de Fisioterapia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, além de voluntários dos demais cursos da instituição, harmonizando o banho de mar com segurança através de tecnologias assistivas, com técnicas especializadas e ações humanizadas. O projeto acontece no verão entre os meses de janeiro e março, anualmente. Nesse projeto, os acadêmicos inicialmente passam por um treinamento técnico sobre como transferir os banhistas para a cadeira anfíbia (cadeira especial com rodas largas e grandes que aderem à areia da praia e flutuam na água do mar), que permite o deslocamento para o mar de forma facilitada e mais segura.Além do aprendizado técnico, diversas perguntas curiosas dos discentes, nessa vivência fora do contexto ambulatorial e hospitalar, são geradas nessa participação: por que todas as praias não são acessíveis? Como podemos melhorar a funcionalidade dessas cadeiras? Algum dispositivo pode ser criado para facilitar o uso das mesmas por cuidadores? O projeto "Todos Parapraia", suscita o pensar científico de pesquisas com o cunho social, estimulando a cidadania dos envolvidos. IMPACTOS: Participar de um programa que favorece o lazer a quem por lei (Lei no. 13.146, 2015) tem direito a inclusão e acessibilidade em ambientes públicos e ao turismo é uma experiência dificilmente vivenciada em salas de aula. Assim, se configura umgrande desafio para os educadores: a concretização de um modelo pedagógico contemporâneo vinculado à demanda social. Dessa forma, esses acadêmicos de Fisioterapia em formação ampliam o conceito, o entendimento e sua atitude frente ao cuidado em saúde, com maior foco na pessoa do que na doença, atendendo às diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em Fisioterapia. Além disso, impacta na qualidade de vida da população, não somente nos ambientes clínicos ambulatoriais e hospitalares, mas nos momentos de lazer e prazer. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim, a educação superior pode devolver à sociedade um profissional mais humano, com ganho social nos aspectos da cidadania. Para os banhistas com limitações físicas, oferta-se a possibilidade de gozar dos benefícios garantidos pela legislação, além dos ganhos não mensuráveis para as famílias, a comunidade que frequenta as praias e tantos outros tocados por projetos como esse.