SAÚDE EM CENA, COMPLEMENTANDO A FORMAÇÃO DISCENTE ATRAVÉS DA ARTE

Autores

  • Cristiane Cavalcanti Moreira FACULDADE SOCIAL DA BAHIA
  • Alcina Teles FACULDADE SOCIAL DA BAHIA
  • Marcus Fonseca FACULDADE SOCIAL DA BAHIA

Resumo

INTRODUÇÃO: A formação do discente fisioterapeuta traz demandas importantes para sua formação técnica e humana. Para podermos trabalhar nestas duas vertentes é importante um currículo que possibilite desde o início a correlação das disciplinas teóricas e a vivência prática profissional que pode seralcançada a partir da visita do aluno à clínica escola, da vivência nos laboratórios, daparticipação de discussões de casos clínicos e artigos. Dentro desse escopo, a possibilidade de atrelar o contato com as artes e suas nuances implícitas permite com que o aluno possa ampliar seu pensar, confrontando situações reais ou fictícias retratadas na exposição artística com possibilidades vivenciais dentro da sua profissão. O cinema figura então como uma possibilidade mais próxima do corpo discente, uma vez que consegue atingir de forma mais direta e interativa o pensar deste aluno, especialmente porque no campo da saúde existe farto material cinematográfico capaz de desenvolver este olhar mais cuidadoso e humano. Isso tudo é então ampliado através da análise de filmes como ferramenta de aprendizagem, de reflexão e de expansão do indivíduo e do profissional, na vertente de educação e saúde. Incluir o cinema na educação é uma forma lúdica e repleta de estímulos que auxilia no processo de aprendizagem. A partir disso, os objetivos do projeto foram:a)utilizar outra estratégia metodológica (análise fílmica) para discutir as abordagens terapêuticas e a família que não a usual; b) e desenvolver nos estudantes o gosto e a habilidade de perceber a realidade em situações conflitantes e expostas nas projeções, permitindo um crescimento técnico porém humano, científico porém sensível. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: As exibições dos filmes acontecem uma vez no mês, com o grupo de alunos que se encontram nos estágios obrigatórios supervisionados, mas não sendo exclusivo para eles. Os professores supervisores acompanham a exibição e fomentam a discussão ao final, podendo haver também a participação de convidados, como psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, além de pacientes e/ou familiares de pessoas portadoras dos mesmos problemas representados nos filmes. O projeto está no segundo ano de desenvolvimento e, de acordo com as falas dos alunos e da percepção da dinâmica das aulas práticas, utilizando as discussões produzidas pelos filmes apresentados, é possível afirmar que essa experiência de ensino foi muito positiva, tendo se aproximado do alcance dos objetivos propostos. IMPACTOS: É importante lembrar que nem sempre conseguimos acompanhar todos esses casos na nossa clínica escola, especialmente os mais raros, contudo são casos potenciais de atendimento na vida prática. Então, essa discussão traz também elementos que talvez não fossem alcançados na vida real dos laboratórios práticos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Continuaremos com esse projeto de forma a observar e quantificar, cada vez, qual a melhor forma de inovar com práticas pedagógicas educacionais.Os processos avaliativos devem ser usados como uma poderosa ferramenta dos gestores em busca de melhoria da qualidade do sistema como um todo. A avaliação deve diagnosticar fragilidades e nortear soluções, e é isso que temos tentado fazer buscando a impressão dos envolvidos no projeto Saúde em Cena.