VERSUS ZONA DA MATA PARAIBANA: EXPERIÊNCIAS EM UM ESTÁGIO DE VIVÊNCIA NA REALIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Autores

  • Tâmara da Silva Santana UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

Resumo

INTRODUÇÃO: O Estágio de Vivência no SUS - VERSUS - iniciou em 2002, no Rio Grande do Sul, com precedentes em projetos de movimentos sociais e estudantis, posteriormente sendo financiado pelo ministério da saúde. (Souza et al., 2012). Tem o objetivo de permitir ao estudante a imersão em uma realidade complexa, o que facilita a compreensão teórica. Além disso, possibilita entender a importância do retorno social que deve ser dado a comunidade, considerando o SUS enquanto sistema que intenta garantir acesso integral, gratuito e de qualidade. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é relatar a experiência no VERSUS e seus impactos na formação acadêmica. (SOUZA et al., 2012; ALVES et al., 2005; LEMOS et al., 2012. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: O estágio realizado em João Pessoa, ocorreu em julho de 2015, com a participação de estudantes de diversos cursos. Durante 7 dias de vivências, os e as estudantes visitaram unidades públicas de acesso a saúde como UBSF, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), secretaria de saúde, hospitais, ambulatórios, bem como zonas rurais de assentamentos. A prática era intercalada com oficinas, com base em textos de referência teórica, e compartilhamento de relatórios ao final de cada experiência. Para além da discussão do processo saúde-doença, os aspectos sociais de debates sobre gênero, etnia, política, participação popular, entre outros, eram evidenciados nas rodas de discussões. As experiências foram sintetizadas em um relatório final que foi anexado em plataforma do programa. IMPACTOS: Por meio desta experiência foi possível compreender como se dá, minimamente, a implementação e funcionamento do SUS, seus entraves, facilidades e resultados. Ademais, permitiu a desconstrução de estigmas e preconceitos midiáticos e gerou no/a estudante o sentimento de pertencimento ao SUS. Vale ressaltar que o VER-SUS é um de divisor de águas na formação acadêmica, reorientando-a para saúde pública e emancipação popular. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A imersão no VERSUS Zona da Mata, revelou que embora seja preconizado que os currículos de saúde tragam em sua matriz formação para saúde pública, o mesmo não tem se mostrado suficiente na práxis, além disso, evidenciou a importância de uma educação que integra os sujeitos ao processo de construção do saber, horizontalizando-a. Oportunizou experiências e troca de saberes entre profissionais, gestores e viventes, bem como da população. Finalmente revelou que essa prática é indispensável ao processo de educação e qualificação do profissional em saúde.