AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO PULMONAR EM GESTANTES COM SOBREPESO E OBESIDADE

Autores

  • Thamyris de Sales Regis CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Andréa Carla Brandão da Costa Santos CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Diana Coelho Regadas Rodrigues CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Janiele de Sales Tavares CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Viviane Maria Patrício de Lucena Oliveira CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ

Resumo

INTRODUÇÃO: Nos últimos anos tem-se estudado as repercussões do aumento do tecido adiposo sobre a função pulmonar, a fim de avaliar se os mecanismos fisiológicos levam a complicações respiratórias. Atualmente, uma das formas mais fidedignas para avaliar as alterações do sistema respiratório é a espirometria. Alguns estudos com gestantes que usam a espirometria como instrumento de medida revela correlação entre o ganho de peso excessivo durante o período gestacional com alterações nos parâmetros da função pulmonar. OBJETIVO: Dado esse contexto, o objetivo do presente estudo é avaliar as alterações da função pulmonar em gestantes com sobrepeso e obesidade. METODOLOGIA: O presente estudo avaliou 29 gestantes, divididas em grupos através do índice de massa corporal (IMC), que apresentaram peso adequado (G1), sobrepeso (G2) e obesidade (G3), através de um estudo de corte transversal. Foram incluídas mulheres grávidas com idade de 18 a 35 anos, apresentando feto único e vivo, sedentárias e nos três trimestres gestacionais. Foram estudados os dados sociodemográficos, obstétricos, antropométricos e as variáveis espirométricas: capacidade vital forçada (CVF), pico de fluxo expiratório (PFE) e volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1). A análise dos dados foi realizada através da estatística descritiva. Para verificar a normalidade dos dados foi utilizado o teste Shapiro-Wilk. A análise da variância realizou-se pelo teste ANOVA Oneway. RESULTADO: Durante o estudo observou-se que variáveis como idade, estado civil, situação socioeconômica, número de gestações e tempo de gestação apresentaram correlação positiva com o ganho de peso excessivo durante a gravidez. Verificou-se também que as variáveis da espirometria (CVF, VEF1 e PFE) mostraram redução gradativa entre os grupos avaliados, onde o G1 apresentou maiores resultados e o G3 os menores valores das variáveis estudadas, entretanto os resultados obtidos n‹o foram estatisticamente significativos quando comparados entre o estado nutricional. CONCLUSÃO: Foi possível verificar que as variáveis da espirometria mostraram diminuição gradativa entre os grupos, apontando que existe uma possível correlação entre aumento de peso e alterações da função pulmonar, entretanto, os resultados n‹o mostraram significância estatística. Tal feito pode ter ocorrido devido número de participantes pequeno, deste modo, sugere-se a continuidade do estudo verificando amostras maiores, a fim de obter análises mais significativas entre os grupos.