AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO CORPORAL EM TRABALHADORES COM E SEM LOMBALGIA

Autores

  • Priscila Roberta Reck UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ
  • Aline Strait de Oliveira UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ
  • Marcia Regina da Silva UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ

Resumo

INTRODUÇÃO: A lombalgia pode ocorrer devido a alterações posturais, forças compressivas ou desequilíbrios musculares, que podem levar a diminuição da coordenação e amplitude de movimento, ao aumento da fadiga, bem como a instabilidade corporal, sendo esta última, observada também em grupos laborais. OBJETIVO: Avaliar o equilíbrio estático de trabalhadores com e sem sintomatologia de dor lombar, bem como, comparar o equilíbrio estático de acordo com o grau de dor/disfunção e, quanto à prática de atividade física. METODOLOGIA: Estudo quantitativo, observacional descritivo e de corte transversal com 40 indivíduos do setor técnico administrativo de uma Instituição de Ensino Superior da Região Oeste de Santa Catarina, divididos em dois grupos: grupo dor (27) e grupo sem dor (13) de acordo com a presença da sintomatologia. Para coleta de dados utilizou-se o questionário Oswestry, Escala Visual Analógica (EVA) e análise do equilíbrio corporal nas posições: apoio bipodal, unipodal e tandem, realizado na plataforma de força Biomec 400 (Emg System do Brasil¨). Os dados foram analisados pelo teste t de student independente, adotando como nível de significância p<0,05. RESULTADO: A média de idade dos participantes foi de 26 (± 4,74) anos; sendo 30 mulheres (75%) e, 10 (25%) homens. Entre os 27 trabalhadores com dor lombar, 19 (70, 37%) referiram dor nas últimas quatro semanas. Neste grupo, 15 (55, 6%) n‹o praticavam atividade física, sendo que no grupo sem dor, apenas quatro (30,8%) n‹o praticavam atividade física. A média de sintomatologia da dor foi de 3,11 (± 2,44) para o grupo dor e 0,77 (± 1,23) para o grupo sem dor. No grupo dor, a maioria, ou seja, 81,5% (n=22) foram classificados com dor mínima, o restante, com dor moderada e, no grupo sem dor, todos foram classificados com dor mínima. Quando analisados os dados do equilíbrio entre os grupos, houve diferença estatisticamente significativa no deslocamento total (p=0,042) e velocidade média ântero-posterior (p=0,029) no apoio bipodal. Quando comparados os grupos de acordo com o grau de dor/disfun‹o de Oswestry, houve diferença estatisticamente significativa na posição media ântero-posterior (p=0,034) no apoio tandem. Também na posição média médio-lateral (p=0,026) no apoio unipodal dos grupos praticantes e não praticantes de atividade física. As demais variáveis n‹o apresentaram diferença estatisticamente significativa (p>0,05). CONCLUSÃO: Apesar de não haver diferenças em todas as variáveis estudadas, o grupo com dor lombar apresentou maiores variações de oscilação corporal, sugerindo que estão mais suscetíveis a alterações de equilíbrio. Sugere-se que novos estudos explorem o equilíbrio postural com a presença de dor lombar crônica.