AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO E MOBILIDADE DE IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS

Autores

  • Marcia Regina da Silva UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ
  • Bruna Rieth UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ
  • Fatima Ferretti UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ
  • Lilian Marin UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ

Resumo

INTRODUÇÃO: A prática de atividades físicas tem sido um recurso importante para minimizar os efeitos advindos do envelhecimento, incluindo a diminuição do risco de quedas na população idosa. OBJETIVO: Avaliar o equilíbrio e a mobilidade de idosos praticantes de atividades físicas e comparar as variáveis entre gneros e tipo de modalidade praticada. METODOLOGIA: Estudo quantitativo observacional, descritivo e de corte transversal com 63 idosos praticantes de atividades físicas, num município do Oeste Catarinense, duas vezes por semana, duração de 50 minutos por dia, constituindo três grupos: Hidroginástica (n= 21), Musculação (n= 30) e Pilates (n= 12). Os sujeitos foram avaliados quanto a quedas e medo de cair; testes de equilíbrio e mobilidade por meio do teste de equilíbrio estático de Romberg adaptado, Escala de equilíbrio de Berg (EEB) e Timed up and go test (TUGT). Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e, a comparação das variáveis do equilíbrio e mobilidade entre gêneros e, tipo de modalidade praticada, foram realizados pelo teste U de Mann-Whitney e, teste Kruskal Wallis, seguido da comparação pelo teste U de Mann-Whitney, respectivamente. O nível de significância adotado foi de p<0,05. RESULTADO: A média de idade dos participantes foi 69,73 (±5,5) anos, 39 eram mulheres (61,9%) e 24 homens (38,1%). Apenas 27% dos idosos (n=17) relatou ter sofrido quedas nos últimos 12 meses, sendo que destes, 52,94% (n= 9) sofreram pequenas lesões, mais predominante em membros inferiores (27,27%) e, 29,41% (n= 5) n‹o sofreram lesões. Na pontuação da EEB os idosos avaliados tiveram bom desempenho do equilíbrio, com média de 52,52 pontos, do mesmo modo, a avaliação da mobilidade e do equilíbrio por meio do TUGT, indicou bom desempenho, classificando-os abaixo de 10 segundos, considerados idosos independentes para a realização da tarefa. N‹o houve diferença estatisticamente significativa no equilíbrio e mobilidade pelos testes avaliados entre gêneros. Na comparação entre as modalidades praticadas houve diferença estatisticamente significativa apenas no equilíbrio estático pelo teste de Romberg adaptado no equilíbrio tandem solo (p=0,018), equilíbrio unipodal solo (p=0,004) e equilíbrio tandem no balance pad (p= 0,046). Quando comparados em pares, o grupo pilates permaneceu mais tempo que o grupo hidroginástica no equilíbrio estático unipodal solo (60 ± 0,00/41,98 ± 23,11 segundos; p= 0,003), tandem solo (39,95 ± 21,40/16,74 ± 16,37 segundos; p= 0,010) e tandem balance pad (49,81 ± 18,23/29,03 ± 24,37 segundos; p= 0,025. J‡ para musculação e hidroginástica, houve diferença significativa apenas no equilíbrio estático unipodal solo (p=0,008), sendo que praticantes de musculação permaneceram mais tempo (32,88 ± 22,96/16,74 ± 16,37 segundos). N‹o houve diferenças significativas nas demais comparações de equilíbrio estático entre modalidades. CONCLUSÃO: A prática de atividades físicas resulta em níveis satisfatórios de equilíbrio e mobilidade na população idosa, levando consequentemente a uma diminuição do risco de quedas. No grupo estudado, os praticantes de pilates e musculação apresentaram melhores resultados no equilíbrio estático do que o grupo hidroginástica. Sugere-se que novos estudos continuem sendo realizados e comparem os dados com idosos, de acordo com o nível de atividades físicas além das modalidades e o tempo de prática.