A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA SAÚDE DE IDOSAS INSTITUCIONALIZADAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Jéssica Soares Ramalho UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Danyelle Nóbrega De Farias UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Luciana Moura Mendes UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Eliane Araújo De Oliveira UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Resumo

INTRODUÇÃO: O envelhecimento é entendido como um processo lento, progressivo e complexo que afeta o ser vivo, causando alterações no âmbito biológico, socioeconômico e ambiental, sendo caracterizado pela diminuição da capacidade física e mental, acarretando alterações funcionais no indivíduo idoso, levando-o a restrições e diminuição na execução de suas tarefas. A institucionalização costuma trazer consigo uma série de prejuízos, tais como perdas de autonomia, identidade e a segregação geracional. Os idosos que permanecem nessas instituições por vezes apresentam características e sentimentos de abandono, exclusão, solidão, depressão, dentre outras que colaboram para um envelhecimento não saudável. Dessa forma pode-se perceber o quão valioso e importante é a prática de atividades, sejam elas físicas, recreativas ou lúdicas. A programação e atuação dos futuros profissionais da saúde no estágio em gerontologia se davam de forma autônoma com a supervisão da professora e contribuía para o adiamento de instalações de maiores incapacidades decorrentes do processo de envelhecimento através da reabilitação dentro das potencialidades dos idosos institucionalizados. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: As atividades eram realizadas durante o estágio de Gerontologia da Graduação em Fisioterapia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), consistia no atendimento a idosas residentes em uma instituição de Longa permanência na cidade de João Pessoa, Paraíba. Os atendimentos ofereciam a manutenção da funcionalidade e a prevenção das morbidades adquiridas durante o envelhecimento. O público alvo foi composto por 32 pessoas do sexo feminino, sendo a maioria dependente quando relacionados com atividades como locomoção e higiene pessoal. Grande parte das idosas possuíam alguma morbidade associada ou sequelas decorrentes de patologias pregressas, como por exemplo, a hemiplegia decorrente de Acidente Vascular Encefálico. Algumas idosas apresentavam baixo nível cognitivo o que muitas vezes dificultava a execução de tarefas que exigissem comandos e outras se encontravam acamadas ou não aceitavam o tratamento fisioterapêutico individual. Ocorriam dois encontros semanais onde eram realizadas atividades em grupo que consistiam na prática de exercícios coletivos, lúdicos e recreativos que proporcionassem uma maior interação entre as idosas residentes, dentre eles: alongamentos, exercícios respiratórios, pinturas, exercícios ativos livres, canto, dentre outras; além dos atendimentos individuais onde os idosos eram atendidos de acordo com as suas necessidades. IMPACTOS: O estágio contribuiu para que houvesse a união da teoria aprendida em sala de aula com a prática voltada para a realidade do asilo. Deste modo, cooperou para que acadêmicos desenvolvessem um olhar diferenciado no que diz respeito ao cuidado com os indivíduos idosos. Esta visão diferenciada fez com que o trabalho fosse mais efetivo não só na cura da doença, como também na prevenção da mesma. Os atendimentos em grupo realizados pela fisioterapia provocou uma socialização das idosas, reduzindo assim, quadros depressivos tão frequentes em sujeitos institucionalizados. Os atendimentos individuais atuaram na prevenção e tratamento de contraturas e deformidades, resgatando assim, funções que estavam comprometidas pelo avanço da idade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Através dessa vivência pode-se perceber a real dimensão do cuidar, pois durante vários momentos da intervenção terapêutica transpassou-se os limites da enfermidade física para uma dimensão mais holística do indivíduo enquanto pessoa humana.