IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE ALTA PARTICIPATIVA NA CLÍNICA-ESCOLA DE FISIOTERAPIA DO UNIFESO

Autores

  • Andréa Serra Grani CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS - UNIFESO
  • O O CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS - UNIFESO
  • Alba Barros Souza Fernandes CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS - UNIFESO
  • Laís Gomes Pereira Bassan CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS - UNIFESO
  • Letícia Pires Mattos CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS - UNIFESO
  • Marcos Felipe Correa Marinho CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS - UNIFESO

Resumo

INTRODUÇÃO: A Organização Mundial da Saúde indica que as doenças crônicas n‹o transmissíveis totalizam 46% dos diagnósticos, dentre elas: as doenças cardiovasculares, o diabetes, a obesidade, o câncer e as doenças respiratórias, representando cerca de 60% do total de 57 milhões de mortes por ano. São doenças multifatoriais que possuem em comum fatores de risco comportamentais modificáveis e não modificáveis. Medidas preventivas, principalmente no que se refere à interferência dos fatores de risco específicos para cada enfermidade crônica, assim como em relação ao estilo de vida, possuem efeito positivo na qualidade de vida. A adoção de hábitos saudáveis adicionado à prática de treinamento físico supervisionado aumentam as chances de longevidade livre de doenças e/ou minimizando complicações caso já exista algum diagnostico. Nesse sentido, a fisioterapia está associada à melhora da função psicológica, bem como do desempenho cognitivo. OBJETIVO: Otimizar o atendimento dos pacientes com doenças crônicas que realizam tratamento fisioterapêutico na Clínica-Escola de Fisioterapia do UNIFESO, mediante o acompanhamento de um programa de alta participativa. METODOLOGIA: Pacientes com doenças crônicas, que já se encontram em atendimento, são avaliados no momento da admissão no programa e reavaliados nos intervalos de 15 dias, 30 dias, três meses e seis meses. Os pacientes que permanecem estáveis após a última avaliação recebem alta de forma permanente. Caso algum apresente piora dos sintomas e/ou redução da capacidade funcional, retorna para o atendimento ambulatorial. Após a avaliação inicial, os indivíduos recebem uma cartilha explicativa, cujo objetivo é informar e auxiliar quanto aos cuidados relacionados à sua doença. A seguir, recebem orientações e treinamento quanto à realização correta do plano de tratamento fisioterapêutico domiciliar. Os exercícios são selecionados de acordo com as especificidades de cada paciente e suas queixas. Até o momento, foram inseridos dois pacientes com sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC). RESULTADO: Paciente M.M.N.C., sexo feminino, 57 anos, AVC h‡ 16 anos, apresentou, na reavaliação após 15 dias, melhora da restrição para movimentos de abdução, extensão e pronação de membro superior esquerdo bem como melhor movimentação de mão esquerda, sensibilidade tátil normal e melhora da praxia com a mão esquerda. Após 30 dias, paciente manteve os resultados obtidos na avaliação anterior e conseguiu realizar a mudança de decúbito arrastar cruzado. Paciente I.N., sexo masculino, 71 anos, AVC h‡ 13 anos, apresentou, na reavaliação após 15 dias (realizada até o momento), apenas melhora da mudança de decúbito sentado para a posição ortostática. CONCLUSÃO: Com o programa de alta participativa, espera-se otimizar o tratamento dos pacientes, além de disponibilizar novas vagas para atendimento fisioterapêutico, aumentando a entrada de novos pacientes e incrementando a qualidade do serviço vivenciado pelos discentes além de co-responsabilizar pacientes e cuidadores no processo de reabilitação.